Sector cervejeiro tem que trabalhar em conjunto


APCVConjugação de esforços e alinhamento da fileira serão determinantes para o contínuo crescimento do sector cervejeiro no geral e da produção de cevada em particular. Pelo menos, nestes dois pontos estiveram de acordo Bernardo Albino, da Associação Nacional de Produtores de Cereais, e João Paulo Mendes, da Associação Portuguesa de Produtores de Cerveja (APCV), ao falar hoje numa mesa-redonda promovida pela APCV no âmbito do Fórum “Brinde à Cerveja!”.

A título de exemplo refira-se que em 2012 o sector cervejeiro exportou 40% da sua produção em Portugal, o que significa que duas em cada cinco cervejas produzidas no nosso país são vendidas no exterior. Por outro lado, apresenta necessidades anuais de cevada na ordem das 100 mil toneladas, pelo que pode absorver a totalidade da produção de cevada em Portugal. «Comprar mais cevada nacional permitirá reduzir as importações e aumentar a exportação de malte, contribuindo para melhorar o saldo na balança comercial», informa a APCV.

Para Bernardo Albino é claro que «a fileira tem que trabalhar em conjunto», recordando o representante dos produtores de cereais que em 1974 Portugal era um País exportador de malte. Hoje, garante, apesar de os preços nem sempre serem os mais competitivos, o nosso País distingue-se pela sustentabilidade da sua produção.

Não deixar cair o mercado e retomar a curva de crescimento do consumo de cerveja é, de resto, ambição da APCV, acreditando o seu presidente, Pires de Lima, que Portugal tem que se pautar pelos níveis europeus no que toca à legislação que rege a idade de consumo (e que no nosso caso se fixa nos 16). Esta terá sido uma batalha ganha pela associação – Pires de Lima defende que não é pelo «proibicionismo mas pela educação» que se formam os jovens -, mantendo-se agora a pedra no sapato que dá pelo nome de IVA a 23%.

Entretanto, e enquadrada no programa de comunicação iniciado em 2012, a APCV arranca com nova campanha com a assinatura “Cerveja: um copo cheio para Portugal” e vem afirmar mais uma vez o “compromisso da associação no sentido de evidenciar o peso e a importância do sector, em toda a sua cadeia de valor, para a economia nacional”.

Com criatividade da Bottom Line Ativism e produção da SYNC, a campanha estará presente em televisão com um filme de 30”, em imprensa e online.

Texto de  M.ª João V. Pinto

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