Portugueses confiam mais em ONG do que no Governo e nas empresas

As Organizações Não Governamentais (ONG) são as instituições em que os portugueses mais confiam (52%), à frente das empresas (34%), da comunicação social (32%) do Governo (27%). Esta é uma das conclusões do Edelman Trust Barometer, um estudo internacional efectuado em 22 países e que este ano abrange pela primeira vez Portugal através do Grupo GCI, em parceria com a Ipsos Apeme.

As multinacionais em que os portugueses mais confiam têm origem na Suécia (62%), no Japão (61%) e na Alemanha (61%). No fim da lista estão as multinacionais do Brasil (17%), da Índia (16%) e da Rússia (12%). Os inquiridos manifestam maior confiança nas multinacionais espanholas (39%) do que nas portuguesas (35%).

À semelhança do que acontece no resto da Europa (63%), as opiniões de académicos e peritos são muito valorizados pelos portugueses (69%). Mas a fonte de informação preferida dos lusitanos são “pessoas como nós” (74%), um número que contrasta com a média europeia (48%).

Em termos de meios são as publicações económicas que merecem mais confiança dos inquiridos (55%) que confiam menos nas rádios (46%), nas televisões (37%) e nos artigos dos jornais generalistas (33%).

Neste estudo são auscultados os principais líderes de opinião – consumidores entre os 25 e os 64 anos, licenciados, informados e com rendimentos mais elevados, procurando aferir a confiança nas ONG, Governos, empresas e media.