Transformação digital com impacto: tecnologia que aproxima

Opinião
Marketeer
03/06/2025
20:02
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Por Pedro Monteiro, Digital Transformation manager da Páginas Amarelas

Em 2025, a tecnologia não só automatiza processos e otimiza operações, como tem o poder de aproximar pessoas, marcas e comunidades; deixou de ser uma tendência, para se tornar o alicerce das estratégias empresariais bem-sucedidas. Vivemos uma era em que a “transformação digital” se tornou uma buzzword omnipresente, embora, na realidade das empresas, a diferença não resida no que se implementa, antes como se afeta de forma positiva o que verdadeiramente importa – a experiência do cliente e os resultados do negócio.

A transformação digital é um processo contínuo, de âmbito estratégico, que deve responder a uma pergunta essencial: estamos a usar a tecnologia para sermos mais eficientes internamente ou para estarmos mais próximos dos clientes? Nomeadamente no caso das PMEs, a resposta deve procurar o equilíbrio entre eficiência operacional e impacto na jornada do cliente.

Em alguns casos, este processo implica uma atuação transversal a várias áreas, por exemplo, através da implementação de um novo CRM, da automatização de fluxos, da implementação de sistemas automáticos de atendimento inteligente, a construção de dashboards para as equipas, entre outras. Mas, recentemente, um fator novo emergiu e revelou-se transformador: a Inteligência Artificial (IA).

Não é, por isso, surpreendente o aumento da aplicação de IA para a gestão de campanhas de paid media com base em objetivos de performance e segmentação inteligente. Implementações destas permitem entregar campanhas mais eficazes e orientadas à conversão, algo que, até há pouco tempo, estava reservado às grandes empresas, com equipas de marketing digital dedicadas.

Mas há que ser ambicioso e pensar ainda mais longe. Porque não aplicar Machine Learning ao CRM e transformar dados em decisões? Ao integrar algoritmos de aprendizagem automática, criam-se modelos preditivos capazes de antecipar necessidades e comportamentos. Esta abordagem permite às empresas evoluírem de uma gestão reativa para uma lógica proativa e personalizada, onde cada interação com o cliente é mais relevante, mais oportuna e mais eficaz.

Acredito que a transformação digital só tem valor se aproximar as empresas dos seus públicos, com relevância, rapidez e inteligência acrescidas. Aproximar significa, antes de mais, conhecer melhor quem está do outro lado – usar dados não apenas para medir, mas para compreender comportamentos, necessidades e expectativas. Significa também agir com proatividade, antecipando problemas ou oportunidades, em vez de reagir apenas quando algo corre mal. A tecnologia permite-nos fazer isto com escala, consistência e velocidade.

Adicionalmente, aproximação não é apenas automação. É também humanizar o digital, tornar os canais mais simples, o conteúdo mais relevante e as interações mais úteis. E, sobretudo, construir relações baseadas em confiança, para que cada contacto seja uma oportunidade para ouvir melhor, servir melhor e contribuir para uma realidade mais conectada e responsável.

Defendo que a transformação digital deve colocar a tecnologia ao serviço da personalização e da eficiência. Quando isso acontece, a empresa deixa de ser (apenas) um fornecedor para passar a ser um parceiro com impacto real. O caminho tem, assim, de passar por unir eficiência, personalização e empatia, colocando a tecnologia ao serviço de relações mais próximas, autênticas e transformadoras. O futuro pertence a quem souber usar a inovação para criar valor real – para as empresas, para as pessoas e para a sociedade.


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