Optimus D’Bandada: «Esta vai ser uma edição histórica»

Optimus D'Bandada_2A terceira edição da Optimus D’Bandada vai apresentar, em 23 locais, mais de 70 bandas que irão actuar durante o dia e a noite de 14 de Setembro. O evento promete animar a cidade do Porto com espectáculos gratuitos.

Para que os fãs da Optimus D’Bandada possam escolher e planear melhor os percursos dos concertos que não querem perder, está disponível uma app para sistemas operativos iOS e Android. Em paralelo a Optimus lançou um site dedicado a este evento.

Com o evento já este fim de semana, a Marketeer questionou Pedro Moreira da Silva, director de Comunicação e Ativação de Marca Optimus, sobre a edição de 2013 do Optimus D’Bandada.

PedroMS_2Ao contrário de outros eventos na área da música que a Optimus patrocina, o Optimus D’Bandada é gratuito para o público. De que forma é que se consegue?

A Optimus enquanto organizador coloca a questão de outra forma. Para nós, o mais importante é garantir uma relação economicamente racional entre o posicionamento do evento, o posicionamento da marca e o que nos custa a ‘apropriação’ desse capital de comunicação.

No fundo, o que conta, é o contributo que esse patrocínio traz para a construção da marca, sendo que uma marca como a Optimus contempla diferentes contribuições de naturezas diversas que actuem numa lógica complementar para a construção de um todo coerente e consistente.

É, aliás, precisamente por esse motivo, que a nossa estratégia de patrocínios e de ligação à música inclui eventos com identidades tão próprias e distintas como o Optimus Alive, o Optimus Primavera Sound, a Optimus D’Bandada ou, num outro campo, a editora Optimus Discos.

Quais as grandes novidades desta edição face às duas edições anteriores?

Esta vai ser, sem margem para dúvida, uma edição histórica. No fundo, a Optimus e os seus parceiros – com destaque para a Câmara do Porto – está a corresponder à reacção do público, que tem literalmente invadido as ruas e todos os espaços nas edições anteriores, e, como prova desse reconhecimento, a edição deste ano dá um claro salto qualitativo, na medida em que o próprio conceito do evento evolui. Este é já o terceiro ano consecutivo que a Optimus D’Bandada invade a cidade do Porto trazendo música e festa durante toda a noite do dia 14 de Setembro.

Assim, além dos concertos espalhados pelos vários espaços icónicos daquela zona da cidade, vamos ter espaços especiais com programações também muito especiais: Palco de Jazz (em parceria com a Clean Feed, editora de referência internacional, que assume programação), Palco com música tradicional portuguesa (com programação a cargo de Tiago Pereira, responsável pela coletânea “Dêem-me duas velhinhas, eu dou-vos o universo” – editada pela Optimus Discos – e pelo projecto “A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria”) e um espaço dedicado a actuações de “Língua Franca”, cuja curadoria está a cargo de Capicua, artista editada pela Optimus Discos. Vamos também ter duas originalidades a cargo da produtora Lovers & Lollypops: uma estafeta musical, em que 4 bandas irão percorrer algumas ruas do centro do porto durante a tarde, numa mecânica inspirada nas estafetas do atletismo, e uma maratona musical – espectáculo sem intervalos em que as bandas se misturam entre elas sem paragens.

Ao terceiro ano as portas dos locais e as bandas são mais fáceis de convencer a participar?

Sim, claramente. Mas é algo natural e perfeitamente compreensível até porque o evento já pertence à cidade e todos têm vontade de experimentar. Prova disso é o resultado do desafio lançado a toda a cidade onde convidámos toda a gente, lojas, restaurantes, ruas e bandas a fazerem parte da programação da Optimus D’Bandada. A adesão foi tal que o cartaz é também feito por muitos dos espaços e bandas que voluntariamente se inscreveram para fazer parte deste “S. João da Música”.

Quais as perspetivas em termos de números de espectadores?

Não é fácil fazer esse cálculo de forma rigorosa, desde logo porque o evento acontece na rua e em dezenas de espaços fechados e abertos e as pessoas circulam livremente de forma muito intensa entre os diversos pontos de interesse. No entanto, se tirarmos um momento para consultar as fotografias e vídeos das edições anteriores facilmente nos apercebemos da mancha humana que ocupa as ruas da cidade nesta noite especial. Estimamos que dezenas de milhares de pessoas participam na Optimus D’Bandada. De realçar que este é, de longe, o maior e mais representativo evento de musica portuguesa em Portugal.

Qual é o público-alvo do evento?

Sem esquecer os nossos objectivos de comunicação e o nosso público privilegiado – young adults – tentamos que esta festa da música que a cidade oferece a quem vem para as ruas seja bastante abrangente.

A começar pelos horários que incluem a programação durante a tarde e pela noite dentro, os espaços – fechados e ao ar livre – como pela variedade de géneros musicais que passam pelas ruas do Porto (jazz, spoken word, tradicional, rock, pop…). Apostamos também num activo muito importante que é o facto de todos os espetáculos serem de entrada gratuita podendo assim abranger um público muito heterogéneo. Acima de tudo o objectivo é proporcionar bons momentos a todos os que saem à rua com a qualidade da música feita em Portugal.

Qual o investimento da Optimus neste evento em específico? Quanto representa no volume de investimento anual de marketing da marca?

A Optimus D’Bandada é – a par com os outros eventos a que estamos ligados – uma parte de um todo que é a nossa estratégia de ligação à música. Em particular, pela sua génese e pelas suas características, a Optimus D’Bandada surge para dar visibilidade às bandas editadas pela Optimus Discos (que estão na base de programação do evento, a cargo do Henrique Amaro, que é o director artístico da Optimus Discos), afirmar-se como um evento popular com música nova e de qualidade e reforçar a ligação da marca à cidade.

Com a fusão Optimus e ZON, haverá uma nova marca a aparecer associada aos eventos de música até aqui assegurados em termos de patrocínio pela Optimus?

Neste momento, no que diz respeito aos eventos de música, não há nenhuma alteração.

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