Marcas em tempo de COVID-19: entrevista a Luís Mergulhão, Omnicom MediaGroup

«O Estado não pode discriminar empresas.» A afirmação é de Luís Mergulhão, CEO do Omnicom Media Group em Portugal, segundo o qual a comunicação social tem de ser apoiada da mesma forma que outras áreas de actividade estão a ser incluídas nas medidas de mitigação dos efeitos económicos do novo coronavírus.

Em conversa com M.ª João Vieira Pinto, directora de redacção da Marketeer, Luís Mergulhão aponta um caminho claro para o problema: o da publicidade. O profissional considera que esta será a forma mais simples de o Estado apoiar a comunicação social e sugere mesmo que invista neste formato, transformando as mensagens que já tem vindo a divulgar (recomendações de prevenção e segurança, por exemplo) em publicidade paga.

Luís Mergulhão frisa que o que se passa com os media do ponto de vista económico está também a acontecer noutras áreas. «Não somos um sector imune», lembra o CEO do Omnicom Media Group

No entanto, existe uma característica diferenciadora e que o Estado não deve esquecer. Os media exercem uma função de serviço público, mantêm as pessoas informadas. Segundo Luís Mergulhão, têm esses dois lados: «Por um lado, são empresas, têm de pagar salários; por outro, revelou-se por que razão se chamam orgãos de comunicação social – têm uma função social.»

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