Associação Nacional dos Ópticos: Confiar de olhos fechados

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A Associação Nacional dos Ópticos arrancou com uma campanha que demonstra o cumprimento de todas as regras de segurança e higiene nas lojas e apela à realização de exames à visão.

Como devolver a confiança aos portugueses nos serviços e nos profissionais das Ópticas Associadas ANO na retoma da actividade comercial em pleno? De que forma se pode comunicar a urgente e necessária promoção da saúde visual?

Foi destas duas grandes preocupações que nasceu a campanha “Pode confiar, até de olhos fechados”, da Associação Nacional dos Ópticos (ANO). Duas preocupações que ganharam força especialmente após o levantamento do Estado de Emergência na sequência da pandemia da Covid-19.

A campanha de sensibilização com o mote “Pode confiar, até de olhos fechados” responde às duas questões. «Por um lado, demonstra o cumprimento de todas as regras de segurança e higiene nas nossas lojas e, por outro, apela à realização de exames à visão », explica Fernando Tomaz, presidente da ANO.

Durante o confinamento, os portugueses passaram horas e horas ao computador em ambientes fechados, o que traz consequências negativas para a visão, como, por exemplo, secura e irritação oculares, olhos lacrimejantes e cansaço visual, sublinha. «Queremos que os portugueses cuidem da sua saúde visual e que o façam, com toda a confiança, nas ópticas associadas ANO, e, claro está, em segurança.» A campanha pretende, precisamente, reforçar a confiança dos consumidores na visita a uma óptica associada ANO e a promoção dos cuidados de saúde visual.

O timing escolhido responde muito às preocupações dos consumidores no regresso ao “novo normal” de que tanto se fala. Depois de meses em confinamento, é entendível que, numa primeira fase, os consumidores receiem entrar em estabelecimentos comerciais, refere o presidente da associação. Porém, lembra que as ópticas foram consideradas pelo Governo como espaços que disponibilizam bens de primeira necessidade quando foi decretado o Estado de Emergência.

Logo, «mantiveram as portas abertas às suas comunidades, assegurando o serviço de proximidade e de excelência que tanto as caracteriza». Por isso, desde cedo as ópticas começaram a preparar os seus espaços comerciais tendo a conta as directrizes da Direcção-Geral da Saúde (DGS). A campanha sublinha não só o trabalho diário de proximidade e de promoção de cuidados visuais das ópticas, mas também reforça que a abertura ao público destes estabelecimentos garante a segurança e a protecção da saúde de todos – clientes e colaboradores e suas famílias.

Quando se fala de saúde e, em específico, de saúde visual, o objectivo é, em regra, impactar todos os targets. Mas a ANO acredita que o target natural desta campanha serão todos os consumidores que, nesta fase, sentiram um maior desconforto visual e que devem efectivamente realizar com a maior brevidade possível um exame à sua visão.

Além das mensagens de confiança, segurança, higiene e saúde visual, os anúncios de rádio e de televisão pretendem também dar a conhecer ao consumidor geral uma associação que se preocupou, desde o primeiro momento, em criar um manual de procedimentos e de boas práticas para as suas lojas associadas, que segue todas as recomendações da DGS e que previu todas as protecções necessárias e adequadas aos ambientes de uma loja de óptica, de uma oficina técnica e de um gabinete de optometria. Para dar a cara e a voz por esta campanha foi escolhido Pedro Ribeiro como embaixador.

Fernando Tomaz descreve o radialista como «um profissional de comunicação que transmite os pontos-chave desta campanha: confiança e segurança». Além disso, lembra, é uma voz e uma figura mediática «que ajudará certamente a nossa campanha de sensibilização ser amplamente divulgada e a ter impacto no consumidor».

A par dos meios above the line, a campanha está também presente com materiais gráficos nos pontos de venda dos associados da ANO. Aqui «iremos focar essencialmente o lema desta campanha – Pode confiar, até de olhos fechados – e identificar os mais de mil pontos de venda Associados ANO com o selo “Óptica Segura”», sublinha o presidente.

Um selo que identificará as Ópticas ANO e será a garantia do cumprimento das normas de segurança e higiene recomendadas pela ANO e validadas pela DGS. Portas abertas Recorde-se que as ópticas foram dos negócios considerados essenciais pelo Governo e que, por isso, mantiveram alguns dos seus espaços abertos ao público durante o Estado de Emergência.

E foram muitas as Ópticas Associadas ANO que tiveram as portas abertas durante esse período. «Tal sublinha o compromisso que os nossos profissionais têm com as suas comunidades e o profissionalismo na missão desta profissão: a saúde visual. » Nesta fase o consumidor, à semelhança do que aconteceu em outras áreas, alterou o seu comportamento.

«Sentimos que a decisão de compra vem mais a priori definida pelo cliente, ou seja, a permanência em loja é mais curta. O cliente tem optado pela aquisição urgente de produtos de manutenção de lentes de contacto ou pela reparação de óculos.» Durante o estado de emergência as ópticas prestaram apoio prioritário aos profissionais de saúde e forças de segurança, essencialmente com exames à visão e fornecimento ou reparação de óculos.

Como seria de esperar, as ópticas associadas da ANO adoptaram todas as regras de higiene e de segurança obrigatórias para os espaços comerciais, nomeadamente o uso de máscara e a distância de segurança. No entanto, e porque falamos de um sector especializado, a associação desenvolveu, em parceria com a União Profissional dos Ópticos e Optometristas Portugueses, medidas de segurança e higiene próprias para os gabinetes de optometria.

Por exemplo, os equipamentos e materiais devem ser desinfectados a cada utilização e as consultas deverão ter 45 minutos entre si para desinfecção do consultório. À entrada da loja, a associação recomenda a existência de um local para o cliente desinfectar as mãos e que não esteja mais do que um cliente em espera ou, em alternativa, que seja colocada sinalização no chão, indicando a distância mínima de segurança. «Recomendamos ainda que os óculos experimentados sejam desinfectados antes de voltarem a ser guardados», refere Fernando Tomaz.

Na verdade, os exames à visão nos gabinetes de Optometria das ópticas associadas ANO sempre se pautaram pelo rigoroso cumprimento das regras de segurança e higiene, sublinha o presidente. «Mas agora estamos a lidar com uma pandemia mundial. Obviamente que reforçámos essas regras.» Por exemplo, é recomendado que os optometristas usem máscara, luvas e viseira, sendo que a máscara deve ser substituída sempre que se apresente húmida, ou de 4 em 4 horas, e que a viseira seja desinfectada. Os pacientes também deverão usar máscara nos exames.

Relativamente ao uso de óculos ou uso de lentes de contacto, a ANO recomenda que os utilizadores reforcem a higienização das mãos antes e depois do seu manuseamento.

Para uma boa desinfecção dos óculos em casa, por exemplo, sugere quatro simples passos:
1. Lavar bem e/ou desinfectar as mãos;
2. Passar os óculos por água corrente, lavando com sabão líquido neutro, para não danificar as lentes ou a armação;
3. Com os dedos, fazer movimentos leves e circulares durante a lavagem, sempre debaixo de água;
4. Sacudir levemente o excesso de água e secar os óculos com um pano suave.

Fernando Tomaz assegura que os utilizadores de óculos ou lentes de contacto não estão mais expostos ao coronavírus do que qualquer outra pessoa. No entanto, há que não esquecer a recomendação do reforço da higienização das mãos e da desinfecção dos óculos e do uso adequado dos produtos de manutenção das lentes de contacto, para que não haja qualquer contaminação.

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