Publicidade automóvel deve cair duas vezes mais rápido do que a média

O mercado publicitário deverá apresentar uma quebra de 9% em 2020. O segmento dedicado apenas ao sector automóvel, porém, apresenta previsões mais negativas: segundo a Zenith, o investimento em publicidade por parte de fabricantes automóveis deverá cair 21%, ou seja, duas vezes mais rápido do que a média do mercado.

As conclusões têm por base 10 grandes potências a nível mundial, nomeadamente Austrália, Canadá, Alemanha, Índia, Itália, Rússia, Espanha, Suíça, Reino Unido e EUA. Juntos, estes países respondem por 57% dos gastos publicitários globais.

A mesma agência explica que o novo coronavírus trouxe incerteza, fazendo com que os consumidores não se sintam à vontade para fazer grandes compras – como é o caso de um carro. Por outro lado, os fabricantes estão a lidar com falhas nas cadeias de abastecimento, fábricas encerradas e pressão tanto por parte dos fornecedores como dos clientes. Nesse sentido, estarão a optar por cortar nos orçamentos de publicidade.

Ainda assim, segundo a Zenith, a publicidade automóvel irá recuperar rapidamente, na maioria dos países, já no próximo ano e serão precisamente as geografias mais afectadas a apresentar a melhor recuperação. Já em 2021, o investimento em publicidade deverá crescer 10,5%, antecipando-se um novo salto de 11,4% em 2022.

A inversão na tendência poderá ser explicada pela concretização de compras adiadas e pela relutância dos consumidores em recorrer a transportes públicos.

A mesma análise mostra que as marcas automóveis gastam mais em televisão do que a média, uma vez que este ainda é um canal essencial para a construção de marca junto das massas. Ainda assim, o digital é o único canal com previsão de crescimento entre 2019 e 2022.

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