NOS: Uma comunidade mais inclusiva e sustentável

Na visão da NOS, no que diz respeito à sustentabilidade, as tecnologias de informação e comunicação são essenciais para promover uma sociedade inclusiva, proteger o ambiente e impulsionar a transformação social e económica. Sendo uma dimensão estratégica para a NOS, a sustentabilidade é algo que se reflecte ao nível das operações internas, no portefólio de produtos e serviços disponibilizados, bem como na gestão proactiva da cadeia de valor, nomeadamente no que toca às relações com fornecedores e parceiros. Assim, e de acordo com Maria João Carrapato, head of Investor Relations & Sustainability da NOS, é «através dos Requisitos de Sustentabilidade para Fornecedores e Parceiros, e do Código de Ética, que a NOS estabelece as bases para um negócio mais sustentável, fornecendo orientações essenciais que devem ser seguidas por todos os stakeholders».

O alinhamento dos fornecedores relativamente aos padrões de qualidade e sustentabilidade da empresa é, assim, crucial, procurando a NOS minimizar os riscos ESG (Ambientais, Sociais e de Governança) associados ao fornecimento dos produtos e serviços que disponibiliza. Este é, aliás, um dos grandes desafios da empresa quando analisa a sua pegada de carbono, uma vez que as emissões associadas à cadeia de valor representam cerca de 93% das emissões da NOS. Embora tenham alcançado uma redução de 6% nas emissões da cadeia de valor em relação a 2019, só «com o envolvimento da cadeia de fornecimento é que será possível reduzir efectivamente estas emissões », acrescenta a mesma responsável. Com o objectivo de reduzir as emissões da cadeia de valor em 30% até 2030, a NOS quer ter uma abordagem proactiva na cadeia de fornecimento. «Lançámos um processo de avaliação do desempenho em práticas de gestão responsável dos nossos fornecedores, que será implementado em paralelo com um projecto de engagement e capacitação dos fornecedores», refere Maria João Carrapato.

E se o maior desafio está em obter informações específicas sobre as emissões associadas aos produtos e serviços dos fornecedores, essa informação acaba por ser essencial para monitorizar de perto as emissões da cadeia de valor e implementar medidas transversais de redução. «Sabemos que, para superar esse desafio, é fundamental estabelecer uma política de compras orientada para produtos e serviços de baixo carbono e, ao mesmo tempo, informar e influenciar os fornecedores para melhorarem a sua performance ambiental», defende a mesma.

Comprometida em reduzir o impacto ambiental e promovendo a ecoeficiência das suas operações diárias, a NOS foca a sua missão no consumo de energia e nas emissões associadas, algo que já acontece desde 2015, quando implementou um programa de eficiência energética direccionado para a sua infra-estrutura técnica, que representa cerca de 90% do consumo total de energia. Este inclui iniciativas como a modernização integral da rede de acesso móvel, a nível dos Data Centers, assim como a consolidação e virtualização de servidores, ou soluções avançadas de climatização e iluminação. «A nível da operação própria, a NOS tem como objectivo reduzir o consumo total de energia por tráfego de dados em 80% até 2030, em relação a 2019, e reduzir em 90% as emissões de gases com efeito de estufa associadas à operação própria até 2030. A empresa tem também em marcha a electrificação da sua frota até 2030, compensando as emissões não evitáveis através de projectos de reflorestação.»

O consumo de materiais e a produção de resíduos, relacionados com embalagens e equipamento eléctrico e electrónico, representam um impacto ambiental significativo das empresas de telecomunicações. Para reduzir esse impacto, a NOS está comprometida em aumentar anualmente os níveis de circularidade, abrangendo o consumo de materiais e a produção de resíduos na operação própria e na utilização dos produtos e serviços. Segundo Maria João Carrapato, o compromisso é «promover a circularidade do negócio, através da reutilização, revenda ou reciclagem de equipamentos de rede e de cliente, seja através da operação NOS, assegurando, por exemplo, uma elevada taxa de valorização de resíduos e da desmaterialização de processos, ou nos equipamentos dos clientes, através do aumento dos níveis de retoma, recuperação e reutilização de equipamentos, na redução de material incorporado e uma contribuição activa para sistemas integrados de reciclagem».

A profissional dá ainda alguns exemplos, relembrando que em 2021, e depois do forte investimento na rede 5G, foram retirados da rede equipamentos legacy e encaminhados para o mercado secundário para integração noutras redes, resultando daí «a reutilização de quase 17 mil componentes de rede, evitando a extracção de processamento de 334 toneladas de novas matérias-primas». Na operação de logística inversa, a NOS assegura a recolha de mais de 80% dos equipamentos utilizados pelos clientes residenciais do serviço fixo (boxes de TV, routers e hubs), os quais são, sempre que possível, «reparados e actualizados, de forma a serem reintroduzidos no mercado, com 510 mil e 13,4 mil equipamentos recuperados em 2021, respectivamente no segmento residencial e empresarial».

Para o futuro, o principal foco não é apenas garantir que os vários objectivos delineados no âmbito da actual estratégia de sustentabilidade são alcançados em pleno, mas também assegurar que a empresa está a contribuir activamente para a prossecução dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) associados aos diferentes pilares estratégicos. Além do envolvimento com a cadeia de fornecimento e a colaboração proactiva com fornecedores e parceiros de negócios, para criar uma cadeia de valor mais sustentável, outro ponto importante é a capacitação interna em questões ESG, envolvendo a transmissão de conhecimento e a promoção de uma cultura interna, que aplica os princípios da sustentabilidade em todas as áreas. Por fim, a NOS continuará a empenhar-se em iniciativas junto da sociedade e a assumir, cada vez mais, o papel de agente de mudança positiva, na promoção da literacia e inclusão digital.

APOSTA NA RESPONSABILIDADE SOCIAL

A NOS vê na área da responsabilidade social um forte propulsor do poder das ligações, sendo este o grande propósito da empresa. Margarida Nápoles, directora de Comunicação Corporativa e Responsabilidade Social, afirma que a NOS tem como ambição ser uma marca responsável, com um propósito claro e sempre na vanguarda da inovação. «É inquestionável o poder da tecnologia enquanto ferramenta para o desenvolvimento económico e social, e estamos comprometidos em ser um elemento activo para um futuro mais ligado e democrático, onde o acesso à tecnologia é para todos», defende a mesma.

Actuando em prol da inclusão social e digital através do acesso à tecnologia e da capacitação, a empresa tem como prioridade tornar a tecnologia acessível a todos, principalmente às pessoas em situação de vulnerabilidade, de forma a aumentar o seu bem-estar e criando mais oportunidades. «Colocamos a tecnologia ao serviço da comunidade, através do apoio a entidades de terceiro sector e do desenvolvimento de projectos de impacto alargado, mas também com o desenvolvimento e a implementação de soluções de base tecnológica, que têm como objectivo melhorar a vida das pessoas», complementa.

Estas iniciativas permitem, acima de tudo, demonstrar e sensibilizar a sociedade para a capacidade de a tecnologia aproximar as pessoas, independentemente das limitações físicas, geográficas ou sociais. «Potenciamos projectos de formação e literacia que permitem o desenvolvimento de competências para públicos vulneráveis, com enfoque nas crianças e jovens», reitera a profissional. Uma das iniciativas é o Projecto ZER01, lançado em 2022 com a ENSICO, que tem o objectivo de levar o ensino gratuito da computação às escolas, principalmente em zonas geograficamente descentralizadas e com maiores desafios socioeconómicos. «Em apenas um ano, conseguimos triplicar a abrangência do Projecto ZER01, chegando hoje a mais de 1200 alunos do primeiro e segundo ciclos que, semanalmente, têm aulas gratuitas de computação», conclui a directora de Comunicação Corporativa e Responsabilidade Social.

Além disso, a NOS apoia mais de 40 associações, quer através da disponibilização de comunicações, quer através de donativos que garantem a sustentabilidade das mesmas. Por outro lado, e com a tecnologia 5G, a empresa tem desenvolvido iniciativas que evidenciam a capacidade da tecnologia. Margarida Nápoles dá um exemplo especial vivido na edição do NOS Alive deste ano: «O José, que sofre de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e tem a sua mobilidade muito condicionada, foi o primeiro “Festivaleiro 5G”, uma experiência que o transportou para o palco do NOS Alive e que permitiu que vivesse de forma intensa e real cada segundo do concerto dos Queens of the Stone Age, sem sair de casa. Vale ainda a pena recordar a iniciativa que desenvolvemos com João Sousa, um apaixonado por escalada, tetraplégico desde 2016, que voltou a sentir as emoções de escalar, acompanhando os seus companheiros numa subida até ao topo da Serra da Peneda. O impacto foi arrebatador, a distância que os separava desapareceu, dando espaço a um momento de pura emoção», acrescenta.

Sobre o futuro, ainda existe muito por fazer ao nível da inclusão digital, seja por via do acesso ou da capacitação. Por outro lado, e para responder ao desafio dos muitos pedidos que chegam à NOS, a empresa tenta todos os anos alargar o âmbito de actuação e a sua rede de parceiros. «No total, em 2023, impactámos mais de 8000 pessoas com os projectos, apoios e iniciativas que desenvolvemos», partilha Margarida Nápoles.

Até 2025, pretendem ajudar 10 mil pessoas através de iniciativas que promovam a inclusão social, o acesso à tecnologia e o desenvolvimento de novas competências. «Além dos números e dos KPI, que são muito úteis para nos guiar, o objectivo da NOS em matéria de responsabilidade social é contribuir para a construção de uma sociedade mais digital, em que o acesso à tecnologia é democrático e constitui uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento pessoal de cada um», conclui.

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Sustentabilidade e Responsabilidade Social”, publicado na edição de Dezembro (n.º 329) da Marketeer.

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