MEO: O match geracional e a importância de ajudar o próximo

Num contexto em que as famílias portuguesas enfrentam grandes desafios, como a crise habitacional ou uma solidão crescente da população sénior, o MEO apresenta a iniciativa “Partilha Casa”, que pretende juntar jovens estudantes universitários que procuram alojamento e seniores que vivem sozinhos e apreciam companhia.

De acordo com o MEO, esta é a fórmula ideal para promover a convivência entre jovens universitários que procuram alojamento e a população mais idosa que vive sozinha. Segundo dados de 2023 do Eurostat, «Portugal é o país da União Europeia (UE) a envelhecer mais rapidamente, sendo que cerca de um milhão e 700 mil idosos afirmam viver em solidão». Paralelamente, «95% dos jovens portugueses vivem com os pais e a renda média dos contratos de arrendamento corresponde a mais do triplo dos contratos antigos».

A crise habitacional tem provocado um forte impacto na população jovem, com especial incidência nos estudantes, registando- se uma quebra de 80% na oferta de quartos para esta população, de 2021 para 2022, com cerca de 120 mil estudantes deslocados em Portugal. Estima-se, de acordo com um estudo feito pela Cushman & Wakefield, que só em Lisboa e Porto faltem 20 mil camas. Nesse sentido, a iniciativa “Partilha Casa” surge como uma solução que tenta mitigar a solidão da população sénior, bem como a dificuldade de acesso a alojamento com um custo acessível a jovens universitários que estão deslocados do seu contexto familiar. Para a empresa de telecomunicações, tudo isto poderá ser possível num ambiente acolhedor e de partilha, o que vai permitir um maior conforto e qualidade de vida. Desta forma, e com esta iniciativa, é possível que a «proximidade e a humanização» sejam os conceitos subjacentes deste projecto.

O MATCH INTERGERACIONAL

O website oficial do projecto “Partilha Casa” disponibiliza uma plataforma que integra os actuais programas parceiros que incentivam a partilha de casa intergeracional, ao mesmo tempo em que abre a porta para que outros se desenvolvam e se associem a esta iniciativa. O objectivo é dinamizar uma maior prevalência deste tipo de soluções por todo o País. É também neste website que todos os interessados, sejam idosos, jovens ou instituições, se podem inscrever e fazer parte do programa.

Através do estabelecimento de parcerias com programas que actuam neste âmbito, o MEO assume-se como «promotor e facilitador da iniciativa “Partilha Casa”» ao juntar associações e instituições que promovem esta causa. Desta forma, consegue- se ampliar o potencial de angariação de candidatos no respectivo contexto geográfico e entidades oficiais que apoiam esta iniciativa. Na fase de lançamento, integram o projecto: o Programa Abraço de Gerações, de Coimbra, o Programa Une. Idades, de Lisboa, e ainda a Gebalis, enquanto parceira deste conceito na capital portuguesa.

Sobre esta parceria, Leonor Serzedele, membro do Conselho Directivo da Une.Idades, destaca que as pessoas continuam a ter alguma dificuldade em abrir a porta da sua casa a desconhecidos e que uma campanha como esta pode ajudar a fazer essa mudança, com benefícios para os jovens e para os idosos.

Por outro lado, Teresa Sousa, gestora do programa Abraço de Gerações (ACERSI), considera que se trata de uma parceria importante, dado que «vai ajudar a chegar às pessoas que não têm conhecimento da existência do programa, quer sejam pessoas mais velhas, quer sejam estudantes. Será uma mais-valia, de facto, porque vai permitir chegar junto da população que pode beneficiar do programa».

Quem também pertence ao Conselho Directivo da Une. Idades é Inês Schnittzer, que afirma que «a instituição pretende juntar jovens universitários com seniores. A ideia é a de que se crie o ambiente de convivência que se vê no filme da campanha de Natal do MEO. Ou seja, é criar todo este clima intergeracional e positivo, que ajude as duas camadas da população».

Tendo as pessoas, as comunicações e o território na sua área de actuação, o MEO disponibiliza ainda aos participantes do programa soluções de comunicação especiais, permitindo dotar os alojamentos partilhados com a necessária conectividade e acesso à informação.

«Com esta iniciativa pretendemos chegar a todos os cantos do País, em prol de uma causa maior e à qual os portugueses não podem ficar indiferentes. Enquanto líder do sector das comunicações electrónicas, o MEO tem o dever de chamar a atenção dos portugueses para temas presentes na sociedade, colaborando na construção de um futuro que honre a importância fundamental das pessoas», refere Ana Figueiredo, presidente executiva da Altice Portugal.

A iniciativa “Partilha Casa” conta também com o apoio das Câmaras Municipais do Porto, Coimbra e de Lisboa. Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, afirma que «o Município do Porto tem sido pioneiro com programas como o “Porto Importa-se” ou as “Residências Partilhadas”. De igual modo, está na vanguarda da procura de soluções para a crise da habitação, seja na criação de programas para habitação acessível, como o “Porto com Sentido”, ou no investimento contínuo na habitação social, com cerca de 13% do edificado destinado a esta modalidade habitacional, quando a média nacional é de 2%».

Por outro lado, na perspectiva de Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, «a habitação é um desafio que precisa de várias respostas diferentes. E se há algo que pode fazer a diferença em todas estas respostas é uma coisa muito específica: a inovação. Foi isso que o MEO fez com este projecto ao usar a inovação para resolver problemas sociais. Para a inovação valer a pena, ela tem de ter impacto e o verdadeiro impacto é este, social, é esta capacidade de mudar para melhor a vida das pessoas».

José Manuel Silva, presidente da Câmara Municipal de Coimbra, acrescenta que «o envelhecimento da população representa uma dinâmica demográfica negativa transversal a todo o país, embora com assimetrias. Coimbra é particularmente afectada, acima da média nacional. As problemáticas da habitação, da solidão e do isolamento das pessoas idosas são um desafio para Portugal, para o Governo, para as autarquias, para as instituições, para todos e para todas. O Município de Coimbra congratula a Altice, através da sua responsabilidade social, pela criação do projecto de impacto social para a mitigação destas problemáticas, com o intuito final de contribuirmos, todos e todas, para uma sociedade realmente humanizada e concretamente preocupada com as pessoas mais frágeis e mais carentes».

CAMPANHA MULTIMEIOS

Para assinalar o lançamento desta iniciativa e garantir o maior alcance, o MEO lança ainda uma campanha multimeios ao divulgar, a nível nacional, este projecto à população portuguesa.

Uma campanha mais humana e que tem, na sua génese, algumas das maiores problemáticas da sociedade portuguesa: «A crise habitacional e a solidão dos idosos.» Os benefícios aportados pela partilha de casa entre gerações estão disponíveis para consulta no site partilhacasa.pt.

«Quando se abre uma porta, abre-se o coração» conta a história de uma jovem que vai estudar para Lisboa e partilhar a casa com uma idosa. A relação entre ambas evolui, de prática e funcional, para uma forte amizade, com entreajuda mútua nas tarefas diárias. Num registo que prima pelo lado humano, a história evolui com a jovem a conhecer o passado de patinadora da senhora que a acolhe. Ao conhecer a sua história, a jovem acaba por surpreendê-la, na véspera de Natal, ao proporcionar-lhe a possibilidade de voltar a patinar e reviver esta experiência cheia de emoção. «Uma história que junta duas gerações, construindo um futuro melhor em conjunto. Porque quando se abre uma porta, abre-se o coração», conclui o MEO.

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Sustentabilidade e Responsabilidade Social”, publicado na edição de Dezembro (n.º 329) da Marketeer.

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