Há marisco na “rua cor-de-rosa”

Chama-se Pesqueiro 25 e teve a ousadia de se instalar num primeiro andar, na rua mais cool de Lisboa. Aqui, a música é outra e tem sabor a mar

Texto de M.ª João Vieira Pinto

Há, mesmo, marisco fresco naquela que é hoje das ruas mais cool de Lisboa, a “rua cor-de-rosa”. O Pesqueiro 25, que há cerca de um ano se instalou em S. Martinho do Porto, desceu à capital e instalou-se no primeiro andar do novo Hotel 262 Authentic Suites 25. Parece-lhe uma fusão peculiar? Pois, a Marketeer diz-lhe que nada melhor do que se sentar à mesa e entregar-se a sabores do mar, maioritariamente da nossa costa, apresentados pelos “chefs marisqueiros” João Diogo Mendes e César Lourenço.

Num dia de quase Verão, fomos experimentar. O primeiro impacto, quando se tem que subir a um primeiro andar, é de uma certa estranheza. Mas a decoração aconchegante da sala destrói a percepção, num ápice. Não é ambiente de típica marisqueira lisboeta. Não há balcão e as mesas não se sobrepõem. Houve cuidado em manter a traça pombalina e em combinar cores e objectos que remetam para as duas localizações do Pesqueiro 25: há os marítimos branco e azul de S. Martinho e os branco e preto de Lisboa.

Acha que está num restaurante de moda? Desengane-se. Começámos com camarão moçambicano. Sim, bem cozido e com sabor, mas longe do que estava para chegar, os lagostins do mar e os percebes da Berlenga. São de comer e querer mais, dada a suculência, o sabor… e o tamanho.

O desfile prosseguiu com búzios e bruxas do mar, como poucos. Entrámos no oceano e os sentidos continuam lá! Está satisfeito? Não esteja. Porque as amêijoas real à Bulhão Pato são como poucas. Não tem que andar à procura da dita nem de se satisfazer com pão! São de dimensão simpática e o molho não tem nem gordura nem alho a mais.

Por esta altura, já os chefes João Diogo Mendes e César Lourenço lançavam olhares à mesa. Porque sabem que a excelência é pedra de toque, não gostam de descurar ou de ficar por promessas. Procuram o melhor marisco e os melhores fornecedores e defendem que só por aqui se pode fazer o caminho. E, claro, ganhar quota de estômago dos apreciadores de marisco, em Lisboa. Para o fazer, uma das cartas que apresentam é a sopa de lavagante com ovas, que chega logo de seguida… para aconchegar (como se fosse preciso). E, para finalizar, prego do lombo ou de atum.

João Diogo Mendes abriu o primeiro Pesqueiro em Junho de 2016, em São Martinho do Porto. Agora, juntamente com o chef César Lourenço, o empresário Alexandre Mota, Marco Viveiros, Pedro Cleto e Pedro Teixeira, proprietários do 262 Authentic Suites, querem marcar a gastronomia que chega do mar.

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