Digital representa um terço das receitas da dona da Media Capital

A Prisa fechou o primeiro trimestre deste ano com um lucro operacional bruto (EBTIDA) de 56 milhões de euros, o que representa uma quebra de 19% em relação ao mesmo período do ano passado. O grupo espanhol, que detém a Media Capital, justifica o resultado com o COVID-19, que também terá afectado as receitas globais – que desceram 3,8% para 262,5 milhões de euros.

O resultado líquido, por seu turno, apresenta um recuo ainda mais significativo: este indicador afundou 35,6% para um prejuízo de 26,1 milhões de euros. Segundo o El País (que é detido pela Prisa), o resultado poderia ter sido positivo e na ordem dos 2,6 milhões se não fosse pela operação da Media Capital.

Os números da Prisa mostram, ainda assim, alguns sinais positivos. O grupo espanhol reforçou o negócio digital, tanto na área dos Media como na Educação. No fim de Março, as receitas digitais representavam 31% do total, ou seja, perto de um terço. Além disso, esta unidade de negócio viu o seu contributo crescer 20%.

No que à Educação diz respeito, os sistemas de subscrição da editora Santillana registaram um aumento de 25%, contando no fim do primeiro trimestre com 1,7 milhões de alunos. Como consequência, as receitas deste modelo de assinatura saltaram 23% para 64 milhões de euros.

No que aos Media diz respeito, as receitas digitais representaram 37% do total, sendo que é expectável que este número venha a subir. No início de Maio, foi lançado o modelo pago do El País, que deverá permitir consolidar o negócio digital da Prisa.

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