Women(dot)Business: o projecto que quer destacar os negócios liderados por mulheres

Segundo as Nações Unidas, apenas 1% do valor total gasto em bens e serviços pelas grandes empresas vai para organizações detidas por mulheres, ainda que 35% das Pequenas e Médias Empresas (PME) a nível mundial sejam de mulheres, de acordo com o Banco Mundial.

Para mudar o panorama e aumentar esta percentagem foi criado o projecto Women(dot)Business por Inês Santos Silva, também fundadora da Portugueses Women in Tech (PWIT), comunidade que tem trabalhado para aumentar a representatividade feminina na área tecnológica.

A nova iniciativa da profissional consiste então numa base de dados de negócios detidos por mulheres com actuação em Portugal, disponibilizando a grandes empresas, fundações, universidades e municípios no País a oportunidade de adquirirem serviços de forma mais inclusiva e de terem um papel activo na diminuição do fosso económico entre homens e mulheres, ao repensarem as suas políticas e cadeiras de valor.

Neste momento, o directório já conta com mais de 150 empresas detidas por mulheres em categorias como alojamento e serviços alimentares, saúde e bem-estar, contabilidade, tecnologia jurídica e legal, consultoria, design, vídeo, fotografia e comunicação. Qualquer mulher com um negócio pode, além disso, a partir deste momento, solicitar a sua inclusão na base de dados Women(dot)Business e torná-lo mais visível para o tecido empresarial.

«As mulheres enfrentam um grande número de barreiras, quer financeiras quer não financeiras, para vingar no mundo corporativo. Falamos de questões como dificuldade de acesso a capital e falta de representatividade em diversas áreas. Também quando se trata de fornecer bens e serviços às grandes empresas, há uma série de desafios associados», salienta, em comunicado, Inês Santos Silva.

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