White quer fazê-lo sentir especial

Fazer da sua experiência em São Miguel algo exclusivo e memorável é aquilo a que o White se propõe. E consegue

Texto de Maria João Lima

Um antigo solar de veraneio situado sobre a falésia, a cerca de 15 metros do mar, arrebata a atenção de todos os que lá entram, tal como fez há três anos quando os actuais proprietários, durante uma caminhada, decidiram que ali nasceria o White, Exclusive Suites & Villas. Um sítio mágico com uma magnífica vista na costa sul da ilha de São Miguel que, segundo a história, terá sido outrora uma casa de férias integrada numa propriedade de produção vinícola numa baía de rocha vulcânica, agora recuperado num projecto do arquitecto açoriano Fernando Monteiro.

Aqui, os tons do mar fundem-se no horizonte e, desde o primeiro minuto em que se entra no espaço, sente-se que ali se vive a outro tempo. O tempo para desfrutar, para saborear e deixar a natureza fluir.

No White, tudo foi pensado para os hóspedes se sentirem melhor do que em casa. Todos os detalhes começam a ser desenhados ainda antes dos visitantes chegarem, com um email do guest relations em que o visitante é convidado a responder, apresentando algum pedido especial, restrições alimentares ou algum outro detalhe que queira partilhar de maneira a ser desenhada uma estadia exclusiva e memorável. Nesse contacto pede-se ainda aos visitantes que explorem o website do White para escolherem quais as actividades indoor e outdoor disponíveis para descobrir cada recanto da ilha e dos mares. O objectivo é sempre “tornar a estadia única e memorável”.

Quer andar a cavalo na Lagoa das Sete Cidades ou banhar-se na Caldeira Velha? O White trata. Quer mergulhar para conhecer os vizinhos do mar e nadar com golfinhos, ou fazer um piquenique no Parque Terra Nostra? O White fará as diligências. Mas se quiser ficar pelo espaço do hotel também não lhe faltam opções, que podem ir de aulas de yoga a massagens dentro ou fora de água. No fundo, a imaginação é o limite já que, se existir na ilha, o White compromete-se a arranjar. Se não existir pede apenas mais umas horas para chegar de avião.

João Reis, que tem como sócia na empreitada do White e da vida Catarina Reis, explica que «o White é uma paixão daquelas que tinha de ser. Não é fazer mais um hotel [é sócio de Rodrigo Herédia no Santa Bárbara Eco-Beach Resort], ter mais um negócio ou facturar mais. Aquilo que para nós faz sentido em termos de conceito de férias faltava em São Miguel». E foi para dar essa experiência nos Açores, de uma forma diferente, mais intimista, reservada e exclusiva que compraram um antigo solar do século XVIII que estava dividido em duas casas. «Comprámo-las, recuperámos o edifício num investimento que ronda 1,5 milhões de euros. Mantivemos as casas e tudo o que eram espaços adjacentes», lembra João Reis que admite nunca ter acreditado que os conceitos de massa funcionassem em termos de serviço, de qualidade e de diferenciação.

Para o profissional, este espaço terá a capacidade para atrair um segmento diferenciado que valoriza o conceito, valoriza o produto e está disposto a pagar porque vai ter algo diferente. E os preços estão em consonância com o nível de serviço a que se propõem: entre 200 e 500 euros/noite na época alta. Algo que ajudará a atingir o break-even em cerca de três anos e meio, segundo as previsões dos sócios.

O White tem nove suites (Junior Suites, Unique Suites e Ocean Suites) – com dimensões entre os 27 e os 42m2 – e uma Villa (todas com pequenas kitchenettes equipadas).

As Junior Suites encontram-se no rés-do-chão com acesso directo aos espaços exteriores e piscina. As Unique Suites (também no rés-do-chão) ocupam lugares onde foram preservados fragmentos da história do solar: paredes de pedra basáltica, arcos em pedra a emoldurar os tectos (de uma antiga adega), um forno da antiga cozinha e ainda uma casa de banho instalada em torno de grandes lajes de pedra. No primeiro andar, estão as quatro Ocean Suites, todas com varandas suspensas e com janelas de leitura sobre o mar.

A The Villa é o recanto mais reservado do White, que se caracterizada pela localização sobre a falésia e pela sua exclusiva piscina de água salgada aquecida.

A zona exterior do espaço é composta por recantos que convidam à leitura, alpendres de onde se observa a imensidão do mar açoriano, uma piscina comum de água salgada aquecida e ainda acesso ao mar. No interior do edifício existe uma sala de estar com vista para o Atlântico e o restaurante Cardume, exclusivo para hóspedes. Aí podem ser degustadas relíquias culinárias como peixe da ilha fresco marinado em lima e flor de sal, camarão salteado no wok com manteiga de alho, limão, salsa e coentros, peixe confitado com molho de maracujá ou entrecosto de porco confitado. Também existe a possibilidade de desfrutar das vistas junto à piscina, saboreando algumas opções ligeiras como saladas, tapas e outros snacks. E acredite, depois de lá estar não vai querer sair daquela água, com aquela vista, nem para comer!

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