Turismo contribuiu para mais de um terço da recuperação do PIB em 2021

A actividade turística teve um impacto directo e indirecto de 16,8 mil milhões de euros para o Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, representando 8% do total (que compara com 11,8% em 2019 e 6,6% em 2020). De acordo com a estimativa do INE – Instituto Nacional de Estatística, o sector contribuiu «em pouco mais de um terço» para a recuperação do PIB nacional.

Segundo os dados preliminares da Conta Satélite do Turismo do INE, esta recuperação deveu-se ao facto de os produtos que mais contribuem para o PIB turístico – os serviços de alojamento, restauração e similares, transportes (especialmente os aéreos) e serviços de aluguer – terem registado «crescimentos intensos (entre 14,4% e 59,1%) face ao ano anterior», à excepção dos serviços de aluguer, que continuaram a registar um decréscimo. Em 2020, o primeiro ano da pandemia, estes serviços registaram quebras, em volume, entre 46,5% e 65,7% no PIB turístico.

Os dados do INE apontam ainda para um aumento de 27,3% do Valor Acrescentado Bruto gerado pelo Turismo (VABGT) face a 2020, para 10,7 mil milhões de euros, representando 5,8% do VAB (Valor Acrescentado Bruto) nacional. Já o Consumo de Turismo no Território Económico (CTTE) – que diz respeito à despesa do consumo turístico feito por turistas portugueses e estrangeiros – totalizou 21,3 mil milhões de euros, o equivalente a 10,1% do PIB.

Apesar da recuperação, o INE realça que o Consumo de Turismo no Território Económico ficou, ainda assim, 5,2 pontos percentuais abaixo do peso que tinha no PIB nacional em 2019 (pré-pandemia). «Os valores do VABGT e do CTTE situaram-se abaixo dos níveis de 2019, sendo mesmo inferiores aos de 2016», frisa o INE.

Em 2021, quer as importações quer as exportações de Turismo observaram um aumento próximo de 30%, face ao ano anterior. Contudo, os valores foram também inferiores aos registados em 2019 (-31% no caso das importações e -45,6% no das exportações).

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