Ter amigos faz bem à saúde, excepto os do Facebook

As relações entre amigos virtuais ou amigos reais têm diferentes consequências não só a nível social mas também a nível de saúde. O primeiro estudo, em Portugal, a analisar a ligação entre amizade e saúde, realizado pela NetSonda para o Centro de Investigação e Intervenção Social do ISCTE, revela que os amigos em carne e osso são mais benéficos.

Estar com amigos faz bem à saúde. É esta a principal conclusão do estudo que aponta os amigos do Facebook como sendo um factor de risco para a proximidade com os que são reais, devido à distracção que podem representar. 40% dos entrevistados afirma ter passado três horas na rede social, na semana anterior ao estudo.

“Ter amigos faz bem à saúde. Mas será que os amigos do Facebook contam?” foi o ponto de partida para a discussão, sob a direcção da professora Luísa Lima.  De acordo com os resultados, a tradicional amizade ao vivo e a cores faz bem à saúde por permitir a construção de laços de proximidade que acabam com a sensação de solidão e promovem o riso.

Aparentemente, Portugal está bem servido deste tipo de relações presenciais com 55% dos inquiridos a garantir que tem mais de dez amigos e 48% a afirmar que convive pessoalmente com eles pelo menos uma vez por semana.

Os resultados revelam-se também positivos no que diz respeito à solidão. 58% diz que nunca ou raramente se sente só e 70% acha que tem alguém para o ajudar caso aconteça uma situação complicada como uma doença.

Já no Facebook, as respostas são bastante diferentes. Dos 45% de inquiridos que afirma ter Facebook, 80% afirma conhecer apenas 50 ou menos das 300 pessoas que tem adicionadas como amigos.

Artigos relacionados