Temos vontade de futuro

Por Rita Torres Baptista, directora de Marca e Comunicação da NOS

Nunca desejámos tanto o futuro ou precisámos tanto de nos fazermos actores das suas possibilidades. Esta vontade de virar a página inspira-nos a querer mais, e estimula a criação consequente. Queremos escrever as linhas que cosem o nosso futuro – como pessoas, como sociedade e como país – e dar forma ao amanhã que queremos viver. Um amanhã incerto, é certo. Mas para o qual partimos agora mais bem equipados: com saber, experiência, curiosidade, imaginação, vontade, necessidade e com muito mais tecnologia.

Tecnologia, esta arte e engenho, de que o génio humano faz, desde há muito, o seu maior motor de transformação. Desde que a primeira faísca fez fogo, desde que Arquimedes gritou “Eureka!”, desde que Alexander Bell fez a primeira chamada telefónica. E que agora se prepara para um novo salto com o 5G, a tecnologia móvel de última geração, que nos abre possibilidades nunca antes imaginadas.

É verdade que se nos tivessem dado a nós, comunidade criativa, o desafio de naming não lhe teríamos chamado 5G. Nome de simplicidade simplista. Nome que alimenta o erro de percepção. Nome que não lhe faz justiça. Nome que evoca um 4G melhorado, um +1 de incremento, de continuidade. Num 4G que já tomámos como “normal” e que em nada parece prometer multiplicar as possibilidades da vida. Nome que não dramatiza, como gostamos de dizer, o potencial de revolução.

O 5G, em paz com o seu nome, traz-nos uma fronteira de possibilidades inteiramente novas, de tal maneira são expandidas e imprevisíveis. Para uma geração como a nossa, que aparentemente já tem tudo – mais velocidade do que alguma vez imaginámos, mais tecnologia do que sabemos utilizar –, parece difícil antecipar o que traz o 5G.

Uma rede com velocidade francamente multiplicada, sem tempo entre uma instrução e a sua reacção (latência, como lhe chamamos com rigor), num ambiente de hiperconectividade e com auto-alimentada inteligência. Tudo passa a estar ligado a tudo. E tudo, é mesmo tudo, de tal forma que será difícil voltarmos a ser “um só na multidão”. Uma rede a que podemos entregar muitas das chaves da vida, confiando-lhe papéis que até aqui eram inimagináveis.

Quando chegar, o 5G vai ser já 10 vezes mais rápido, permitindo fazer streaming em segundos, em qualquer lugar. Não perder um só segundo de um filme, uma só jogada num desafio online. Encontrar a informação certa num piscar de olhos, enviar aquele projecto enorme no último segundo, com a garantia de que chega numa respiração ao outro lado do mundo.

Mas o real impacto virá com a aplicação à transformação da vida: na Saúde, no Trabalho, na Educação, na Indústria, no Entretenimento e nas Cidades. Instrumento de competitividade, o 5G vai ser uma ferramenta poderosa para Portugal escrever o seu próprio futuro.

Ter vontade de futuro é ter sustentabilidade. Os consumos na rede vão aumentar, mas os benefícios e a eficiência para as empresas e para a sociedade serão infinitamente maiores. A trajectória do 5G seguirá de mão dada com as metas para o planeta, para a descarbonização, num contexto de muito maior literacia e inclusão digital.

O amanhã continuará a ser incerto, mas o 5G e as aplicações que para ele imaginarmos trazem-nos a confiança de seguirmos mais equipados, para uma vida mais ligada, mais inteligente e mais sustentável.

Para a NOS, o 5G é ao mesmo tempo compromisso e convite à inovação, a fazer(mos) o que ninguém fez.

Eu tenho vontade de futuro. E tu?

Artigo publicado na edição n.º 299 de Junho de 2021

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