Spotify desvenda 8 segredos sobre a Geração Z e os Millennials

O mais recente relatório “Culture Next” do Spotify mostra quais são as principais tendências quando o tema são a Geração Z e os Millennials. Tendo em conta que 71% dos utilizadores desta plataforma de streaming de música tem menos de 35 anos, estas serão duas franjas da população especialmente importantes de analisar e tentar satisfazer.

O relatório, reportado pelo site MarketingNews, dá conta de oito aspectos que caracterizam as novas gerações, impactadas pela pandemia e pelo papel crescente que o áudio digital desempenha nas suas vidas. As conclusões têm por base a realidade espanhola, mas poderão ter vários pontos em comum com a generalidade dos utilizadores mais jovens:

1 – O áudio como escape. A maioria (74%) dos inquiridos considera que o áudio ajuda a reduzir os níveis de stress, sendo uma alternativa à multiplicidade de conteúdos digitais e mediáticos com os quais são confrontados. Este escape pode chegar sob a forma de músicas ou de podcasts;

2 – Não há fronteiras. Segundo o Spotify, os Millennials e a Geração Z estão, cada vez mais, imersos num panorama em que os limites entre tangível, virtual, real e ficção são difusos. Os períodos de confinamento terão contribuído para esta tendência, uma vez que levaram muitos jovens a explorar o mundo dos videojogos e dos eventos virtuais: 68% assistiu a uma experiência virtual no último ano;

3 – Criação simbiótica. Além de consumirem, as gerações mais jovens também criam conteúdos. A Geração Z, por exemplo, tendo crescido já com a internet, desempenha um papel activo na divulgação de novos artistas e talentos e assume, até, uma participação no processo criativo (através de desafios em que se apropriam e alteram as músicas, por exemplo);

4 – Mais confiança nos podcasts. O mesmo estudo mostra que o nível de confiança nos podcasts está a crescer face aos meios de comunicação tradicionais e esta ligação forte entre consumidores e criadores de podcasts pode representar uma oportunidade para as marcas: 41% dos utilizadores do Spotify, a nível global, confia mais nos anúncios que ouvem num podcast e 81% diz já ter feito algo como consequência directa de ter ouvido um anúncio neste formato;

5 – Novas vozes, novos canais de informação. Tanto os Millennials como a Geração Z querem ver-se representados na sociedade actual e isso passa por dar voz a temas e pontos de vista que, habitualmente, não têm visibilidade nos meios de comunicação tradicionais;

6 – A geração da curadoria de conteúdo. A curadoria de conteúdos, ou seja, a procura, organização e personalização de conteúdos para, depois, partilhá-los com uma audiência é um dos pilares da expressão artísticas destas novas gerações. Para 81% dos Millennials, a curadoria de playlistas musicais é mesmo encarada como uma forma de arte;

7 – A segmentação deve ter por base interesses comuns em vez de características demográficas. Segundo o Spotify, já não faz sentido definir a audiência por idade, raça, sexo, género ou localização geográfica. A melhor forma de segmentar públicos-alvo será através dos seus interesses culturais, por exemplo, e a música poderá ser um meio eficaz para fazer a ponte com estes novos públicos;

8 – Ligações remotas. As marcas terão também de se adaptar no sentido de chegar a um consumidor cujo estilo de vida mudou significativamente. Perante novas rotinas e novos hábitos, o áudio acabou por se transformar numa espécie de salvador, especialmente para pais Millennials que se viram com os filhos em casa 24 horas sobre 24 horas: 66% dos inquiridos indica que consumimos, agora, mais entretenimento familiar do que antes da pandemia. Além disso, 33% dos pais Millennials em Espanha já tem um assistente digital inteligente (como o Google Home ou o Amazon Echo).

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