Se é fã de ténis, a AW LAB já chegou!

A marca do grupo líder mundial Bata com oferta de calçado desportivo acabou de entrar no mercado português e promete conquistar quota em vendas, notoriedade e atenção. Depois do Algarve, promete que a expansão vai chegar ao resto do País.

Se compra ténis para si ou os seus filhos, conhece por certo a JDS Sports ou a Footlocker, ou não respondesse a primeira por uma rede de mais de duas dezenas de lojas espalhadas por todo o País, enquanto a segunda é líder mundial no comércio de calçado e vestuário desportivo, com mais de 3400 lojas em mais de 21 países.

Bem, agora chega ao mercado português, a partir do Algarve, mais concretamente do Mar Shopping, a AW LAB. O player neste segmento de negócio do Grupo BATA, que quer conquistar os consumidores portugueses, prevendo estender em breve a Lisboa e ao Porto, assim como a cidades do interior como Braga ou Coimbra. «A ideia, dada a presença de players concorrentes e o interesse de alguns centros comerciais, é abrir 10 a 15 lojas em todo o território português», confere David Pujolar Segura, general manager AW LAB. BATA, em entrevista à Marketeer.

A AW LAB está prestes a entrar no mercado português. Porquê agora? Ou porquê só agora?

Tendo em conta o mercado italiano já consolidado com mais de 220 lojas e o mercado espanhol em contínuo crescimento, actualmente com 54 lojas e ainda em desenvolvimento, era apenas uma questão de tempo até encontrar um local adequado para abrir a primeira loja em Portugal.

A isto podemos acrescentar que este é um dos movimentos estratégicos de expansão na região ibérica, tanto com lojas directas como franquias, da equipa liderada pelo nosso country manager Giuseppe Consiglio.

Sabendo que Portugal é um mercado de dimensão limitada e sabendo ainda que existem vários players a competir neste segmento de negócio, o que vai fazer a AW LAB que seja diferente e inovador para provar o seu valor e crescer?

Portugal é sem dúvida um país mais limitado que Espanha e Itália, mas, com base nos nossos dados e na informação que temos, é um mercado absolutamente interessante que se desenvolveu muito nos últimos anos e que também tem vindo a crescer no nosso sector. É por isso que continua muito interessante para um revendedor como o AW LAB com sede no Sul da Europa.

Em termos de concorrentes, isso não é novidade, considerando que também somos concorrentes nos demais países em que actuamos. A competição é boa e deixa-nos mais motivados e determinados a desenvolver e experimentar coisas novas.

A nossa posição continua muito clara: o negócio da AW LAB é liderado por mulheres, sendo que as últimas tendências do mercado são em look total. A partir daí, o serviço que prestamos aos nossos clientes finais continuará a ser um importante activo enquanto elemento diferenciador.

O facto de pertencer ao Grupo Bata ajuda a entrar no mercado e à implementação da estratégia de crescimento?

Pertencer a um grupo global como a Bata, líder consolidada em vendas de calçados em mais de 100 países, sempre implica conhecimento e, ao mesmo tempo, firmeza na forma de fazer as coisas.

Nos últimos anos aprendemos muito sobre a forma de entrar em novos mercados e como o facto de termos sempre uma infraestrutura forte como a do nosso grupo por trás ajuda a alcançar equilíbrio e estabilidade, o que é essencial neste momento.

Que previsões de crescimento têm?

Como diz a música, “passo a passo”!

Neste momento estamos a abrir a nossa primeira loja e no segundo semestre abriremos a segunda. A partir desse momento, devemos também avaliar a situação sociopolítica que estamos a viver e as novas acções que faremos com base nela.

Mas sem dúvida que Portugal está na nossa mira. Depois do Algarve a intenção é entrar em Lisboa e em mais cidades! Começamos no Algarve e a ideia é expandir também para outras cidades de Portugal como Lisboa e Porto, sem descurar cidades secundárias no centro do País como Viseu e Coimbra e no Norte como Braga, valorizando tudo o que é dentro e fora das cidades.

E porquê começar pelo Algarve?

As razões pelas quais escolhemos o Algarve são muitas, uma foi a oportunidade de encontrar uma boa localização dentro do Mar Shopping, propriedade da Ingka, bem localizado e de acordo com as nossas necessidades; depois, o facto de estarmos a abrir no Verão e o grande número de turistas presentes nesta região ajuda-nos a conhecer os nossos clientes e as suas necessidades.

Outra razão é que o nosso “franqueado” que abriu esta primeira loja é actualmente um franqueado em Espanha com três lojas AW LAB na Andaluzia já abertas em menos de um ano e, como o Algarve está geograficamente próximo, podem continuar a sua expansão dos nossos negócios.

Quando está então prevista a expansão e entrada em outras cidades?

Começamos com esta primeira loja e vamos recolher todas as informações sobre os produtos mais procurados e as vendas realizadas.

Depois, claro, começaremos a desenvolver o formato também em outras cidades, já avaliando alguns dos contactos que temos e algumas vagas disponíveis.

Este é o primeiro passo com a ideia clara de abrir outras lojas. No entanto, ainda será importante verificar de que forma é que a situação na Europa evoluirá no próximo período.

E qual é o plano total de expansão previsto para os próximos dois anos?

Tal como aconteceu com Espanha, não temos um valor matemático para o projecto de expansão. A ideia, dada a presença de players concorrentes e o interesse de alguns centros comerciais, é abrir 10 a 15 lojas em todo o território português.

Acredita que Portugal conseguirá ter um desempenho e resultados semelhantes ao mercado espanhol, por exemplo?

Sim, melhor ainda, por que não? Acreditamos que Portugal valoriza o mercado de qualidade, que está em grande analogia com o nosso formato e o produto apresentado pelas nossas vendas em Espanha e Itália.

Para já, não está prevista a abertura de uma loja online no mercado português. Isso não faria sentido? Porquê?

Como já está activo em Itália e Espanha, todas as nossas lojas directas e franchisadas estão totalmente integradas com o projecto omnicanal. As lojas físicas e e-Commerce trabalham juntos e estão disponíveis para os nossos clientes, sendo que são eles que decidem quando e onde comprar e onde receber os seus produtos.

É sem dúvida um projecto que vai ser desenvolvido em Portugal, mas vai demorar um tempo “técnico” que vamos definir nos próximos meses.

Que investimento está a ser feito, até à data?

Os investimentos mais significativos concentram-se nas lojas físicas e na plataforma digital e certamente aumentarão de forma proporcional ao projecto de desenvolvimento no País, a partir de 2023.

As equipas serão locais ou haverá colaboradores do AW LAB de outros mercados (numa perspectiva de formação)?

As equipas operacionais, ou seja, as das lojas, certamente serão locais. O apoio, numa perspectiva de formação, estará directamente ligado à estrutura do território já a operar em Espanha, juntamente com as equipas locais que serão seleccionadas para o mercado português.

Quanto ao plano e estratégia de comunicação, que meios e tipo de media seleccionaram?

Vamo-nos focar muito em dar-nos a conhecer aos nossos clientes locais, bem como o mercado e as nossas lojas, usando tanto as “redes sociais” como o nosso CRM para estabelecer um relacionamento directo com os clientes e poder atender às suas necessidades. Exactamente como fazem em Espanha.

Dentro de um ano, que resultados gostaria de ter alcançado?

Somos ambiciosos, mas também sabemos o custo de um arranque como este, num momento difícil como o actual. Mas diria que começar a ter receitas e ganhando notoriedade junto dos clientes como um destino exemplar de uma loja com óptimos produtos e serviço, alinhado com as suas expectativas. O resto, o tempo o dirá.

Texto de M.ª João Vieira Pinto

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