SAL é um mar de decoração e design

Imagine uma loja onde se sente em casa. Ou envolvido por um oceano de texturas e cores. Agora, inspire, sustenha a respiração, mergulhe bem fundo e entre connosco na SAL, a concept store da Branco sobre Branco que abriu portas há cerca de ano e meio no Largo de São Paulo, Lisboa, e que é um bálsamo de bom gosto!

Texto de M.ª João Vieira Pinto

Almofadas da Designers Guild (muitas delas com tecidos escolhidos só para aqui), loiças da Barru Potery ou cerâmicas de Martim Santa Rita e Carmina Anastácia, jóias assinadas por Catarina Maldonado ou velas e fragrâncias exclusivas da marca, dão outra alma a um espaço que é, também e na génese, de venda ao público das peças assinadas pela dupla da Branco sobre Branco – Paula Laranjo e Vera Moreira.

A Branco Sobre Branco é uma marca que existe há 16 anos e que se diferenciou na concepção de peças de decoração e desenvolvimento de projectos de interiores. Ao lado da loja, foi mantendo o espaço de showroom da colecção. Mas a verdade é que a dupla tinha, há muito, o sonho de ter o seu canto, onde pudesse disponibilizar as suas produções ao público final. Sandra Nascimento foi a peça que colou vontades, gostos e permitiu chegar a terra.

Sandra conhece a marca como ninguém. Não só é amiga de longa data de Paula e Vera como é a responsável, de há anos, pela sua comunicação. Por isso, a recém-criada SAL é uma parceria a três. O melhor dos dois mundos, ou de vários oceanos, materializado em jeito de uma loja única, sempre em evolução. Uma loja feita muito de propostas que se querem exclusivas, seja de joalharia, cerâmica ou do próprio mobiliário!

Quando foi aliciada para o projecto, Sandra precisou de uns meses para o maturar, pensar em marcas e objectos, em artesãos distintos e designers singulares. Chegou ao primeiro esboço muito com o apoio de Paula, com quem ainda hoje trabalha estreitamente. Até porque, lembra, «teria sempre que haver uma linha coerente entre os produtos da marca» e os elementos que chegassem, fosse em jeito de écharpes, almofadas ou velas!

Pelo meio sonhou o nome. Que não podia ser outro que não SAL, ou não tivessem todas as peças da Branco Sobre Branco nomes ligados ao mar, como o candeeiro Barracuda, o banco sardinha ou o sideboard Cordoama.

Agora, quando um cliente passa a porta e entra no número 98 da Rua de São Paulo, só pode sentir a enorme onda de boa energia, como se todas as peças e objectos estivessem no sítio certo. Tudo é pensado olhando à cor, ao formato, ao volume, para que toda a loja seja mais que uma simples loja, confidencia Sandra Nascimento.

E se no início houve um trabalho intenso e apurado de pesquisa, agora há já marcas que procuram a SAL. Sendo que, pelo meio, há por vezes confidências para desenvolvimento de peças futuras. «Eu já sei o que é que a Branco sobre Branco vai ter na nova colecção. Sei como vai estar a loja dentro de dois ou três meses. Por isso, por vezes peço a um ou outro fornecedor objectos em determinados tons» que se coordenam e aconchegam com os móveis de Paula e Vera e que, também estes, podem ser todos adaptados ao gosto, cor e vontade do cliente, seja trocando tecidos ou alterando materiais. «Mais do que uma loja que vende coisas, a SAL quer ser uma loja que ajuda a construir coisas. E que dá aos clientes a hipótese de, para além da compra de objectos únicos, saírem com um projecto chave na mão para uma assoalhada que precisa de obras ou para toda uma casa a remodelar. Somos uma loja que vende peças mas que também vende serviço», conta.

Ainda em fase de definição da sua praia, a SAL apresenta um saldo positivo, acreditando as três responsáveis que o tempo que vier a seguir só poderá ser ainda melhor. Ou não houvesse já vários clientes que vão e voltam e trazem outros e mais.

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