Receio orienta novos comportamentos dos portugueses: das máscaras ao carro próprio

Os portugueses mostram-se reticentes em voltar a frequentar restaurantes ou ginásios e 36% diz que só comprará online de agora em diante. Estes são alguns dos dados divulgados pela LLY&C num webinar sob o mote “The day after – Pessoas e Marcas”, com o objectivo de perceber de que forma o COVID-19 irá impactar o comportamento dos consumidores mesmo para lá da pandemia.

Segundo a consultora de comunicação, existem três cenários possíveis para o regresso à “normalidade”: o optimista, o pessimista e o equilibrado. Seja qual for o cenário que se venha a tornar realidade, a LLY&C está certa de que depois da pandemia não seremos os mesmos. Dados do YouGov indicam mesmo que 86% dos consumidores, a nível mundial, já mudou o seu comportamento devido ao novo coronavírus.

Como me vou deslocar? A maioria (62%) dos portugueses aponta para viatura própria – que pode ser um automóvel, mastambém uma mota ou novas soluções de mobilidade como trotinetas ou bicicletas.

Compras de supermercado? Metade dos consumidores afirma que recorrerá a um misto entre online e offline. As grandes superfícies, por seu turno, apresentam-se como a segunda opção mais escolhida.

Exercício físico? Quanto à prática de exerício físico, a LLY&C nota que 45% irá optar pelo ar livre, ao passo que 38% irá manter os treinos em casa. Isto poderá ser sinónimo de desafios acrescidos para os ginásios, uma vez que os portugueses encontraram forma de substituir este serviço durante a quarentena.

Como me vou relacionar com a restauração? 46% dos consumidores diz que só irá de vez em quando a um restaurante, numa ocasião especial; 38% diz que só irá àqueles que estiverem certificados como tendo adoptado novas medidas de segurança.

E como serão as compras/shopping? Segundo os dados divulgados pela LLY&C, 36% diz que só comprará online e que 39% afirma que irá fazer um misto entre centros comerciais, comércio de rua e online.

Andar na rua? 38% afirma que passará a usar máscara e 31% diz optar por manter voluntariamente o confinamento.

Como reagir a todas estas mudanças? A LLY&C aponta alguns caminhos, que podem passar, por exemplo, por comunicar com relevância e transparência. As marcas devem também apostar na sustentabilidade e em acções com impacto local.

Ser credível, definir ou activar o propósito, proporcionar experiências e soluções de comércio electrónico e, por fim, ser flexível e adaptável são os conselhos da consultora. Tudo isto se resume num novo foco: de uma abordagem cliente-centric, as marcas devem evoluir para um posicionamento persona-centric.

Artigos relacionados