Quem é fã de tascas levante o copo!

São 50 as escolhas de Tiago Pais – jornalista na área da gastronomia que actualmente escreve para o Observador – que foram reunidas num livro que será apresentado oficialmente na próxima semana. O livro “As 50 melhores tascas de Lisboa” tem a particularidade de trazer um mapa encartado, desenhado numa toalha de papel, que, segundo o autor, «pode bem servir de cábula, se o livro não estiver à mão».

capa tascasPara selecionar “As 50 melhores tascas de Lisboa”, Tiago Pais baseou-se na sua experiência, gosto pessoal e em centenas de refeições no último ano e meio. «Apesar de a minha profissão me pôr em contacto constante com restaurantes que dispõem três tipos de garfo, faca e colher, todos com funções diferentes, nada me dá mais prazer do que entrar numa casa simples, com azulejos gastos e copos baços, pedir o prato do dia e acabar a roer os ossos, lamber os dedos e a molhar o pão, não necessariamente por esta ordem», diz o autor que para efeitos deste livro e da vida em geral, entende que tascas são «estabelecimentos modestos que servem refeições de cozinha tradicional portuguesa a preços honestos». Preços honestos, esses, que na óptica de Tiago Pais é pagar por uma refeição o mesmo que pelo livro e o respectivo mapa encartado que agora está a lançar: 11 euros.

Aquelas que são consideradas pelo autor as melhores tascas estão assinaladas no livro com o prémio Palito d’Ouro. O jornalista explica que as sete com esse estatuto são «uma selecção da nata dentro da nata que já são todas as 50 mencionadas na obra». Em cada tasca são referidos os pratos do dia que servem, normalmente, a dias fixos, para que ninguém vá ao engano.

O guia é ilustrado com fotografias de Gonçalo F. Santos, que, segundo o jornalista, «invadiu cozinhas apertadas para sacar sorrisos a cozinheiras de mão cheia e arriscou a saúde das lentes ao enfiá-las dentro de tachos e grelhas fumegantes». A direcção de arte e design é de Luis Levy Lima.

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