Que mudanças no consumo vieram para ficar?

O contexto de pandemia veio obrigar a inúmeras alterações comportamentais, mas também relacionadas com a forma como consumimos e compramos. De acordo com um estudo do Observador Cetelem, os portugueses estão convencidos que há alterações no consumo que se vão manter, em particular as mudanças nos espaços comerciais (84%), como a necessidade de utilização de máscara, a desinfecção das mãos ou o distanciamento físico.

Para estimular o consumo, os inquiridos consideram que, durante a reabertura, os comerciantes devem apresentar ofertas e promoções (90%); ter sistemas de higienização para produtos (88%); continuar a ter entregas ao domicílio com garantia de saneamento (84%); ter pontos de venda higienizados com sistemas de ventilação (80%); e alargar o horário de funcionamento (76%). São ainda mencionados o atendimento apenas por marcação (67%) e os pagamentos apenas com cartão bancário (64%).

Os inquiridos referem ainda estar a prestar mais atenção aos preços dos produtos e aos efeitos que têm sobre a saúde (44%). Já no que diz respeito aos critérios para a escolha de uma marca, destacam o contributo que a mesma dá à criação de emprego (44%) e o facto de a produção e as matérias-primas terem origem nacional (42%), entre outros factores.

O estudo conclui ainda que, devido às regras de distanciamento social, os portugueses sentem mais falta de estar com a família e amigos (85%), têm agora mais vontade de fazer exercício ao ar livre (72%) mas também de remodelar as suas casas (48%), onde agora passam mais tempo.

O inquérito do Observador Cetelem foi realizado pela empresa de estudos de mercado Nielsen e teve por base uma amostra representativa de 1000 indivíduos residentes em Portugal Continental, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 74 anos.

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