Portugueses rendem-se às compras online mas têm menos dinheiro para gastar

Os hábitos de consumo mudaram. Em parte por força das circunstâncias, as compras online ganharam espaço e são já algo comum para pelo menos parte da população portuguesa. Contudo, terá o orçamento disponível também evoluído? Segundo a Intrum, não.

Embora mais de metade dos portugueses (52%) afirme comprar mais online do que há um ano – o que compara com 46% em Espanha, por exemplo, ou com a média europeia de 43% -, verifica-se já uma quebra nas vendas no período da Black Friday. Dados da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal apontam para um descida entre os 30 e os 40% face ao ano passado, sendo que em 2019 o valor médio gasto por cada cartão bancário na Black Friday se situava nos 80,10 euros.

Portugal ocupa o oitavo lugar no top dos países cujos cidadãos reconhecem gastar menos devido à COVID-19 (38%), entre os 24 analisados pela Intrum. A lista é liderada pela Estónia, (65%), seguida por França (47%). A média europeia é de 36%.

De acordo com a Intrum, os resultados obtidos no novo estudo confirmam que os portugueses estáo a focar os seus gastos em bens de primeira necessidade – com alguns consumidores a verem mesmo um lado positivo na crise sanitária, uma vez que passaram a gastar menos dinheiro em bens não essenciais.

Quanto à mudança para o online, a Intrum sublinha que fazer compras pela internet é cómodo e já visto, por muitos, como um meio seguro. Evita deslocações às lojas, eliminando os riscos associados a aglomerados de pessoas e filas.

O estudo da Intrum revela que 43% dos portugueses inquiridos afirma querer manter este comportamento e continuar a comprar pela internet mesmo depois da pandemia.

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