Portugueses estão a respeitar menos o novo confinamento (especialmente ao fim-de-semana)

Se em Março do ano passado os portugueses foram celebrados pela antecipação e cumprimento do confinamento, o mesmo talvez não se possa dizer do novo recolhimento domiciliário.

Contando com dias úteis e fins-de-semana, no período de 1 de Janeiro a 13 de Março de 2020, o valor médio diário de confinamento era de 28%. Isto porque, mesmo num cenário sem crise sanitária, há muitos portugueses a passar os seus dias em casa. No sentido inverso, isto significa que 72% da população estava em circulação, em média, por dia.

Os dados são da PSE e permitem comparar os dois períodos de confinamento em Portugal. No primeiro, além dos 28% que já ficava em casa anteriormente, juntaram-se mais 37% de portugueses em confinamento. A circulação média baixou, por isso, para os 35%.

Agora, por outro lado, o acréscimo de confinamento foi de apenas 24% da população, levando a uma média em circulação de 48% dos portugueses – ou seja, equivalente a cerca de dois terços da população que circulava no pré-pandemia.

Outro grande diferença reside nos dias escolhidos para ir à rua. Em Janeiro, verificou-se um fosso significativo entre o confinamento nos dias úteis e nos fins-de-semana: os portugueses saem muito mais de casa ao sábado e ao domingo do que de segunda a sexta-feira.

“Verifica-se também que, tal como já tinha sido verificado em 2020, sextas-feiras e segundas-feiras continuam a ser dias de maior mobilidade dada a vizinhança de fins-de-semana de restrições”, aponta ainda a mesma análise.

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