Portugueses estão a gastar mais em entretenimento e jantares fora

Optimismo é palavra de ordem no dia-a-dia dos portugueses, que registam máximos de confiança há três trimestres consecutivos. Segundo o mais recente “The Conference Board Global Consumer Confience Survey” da Nielsen, os consumidores nacionais mostram-se mesmo mais confiantes do que a média europeia (94 pontos versus 86).

«A confiança foi uma constante entre os consumidores portugueses ao longo do último ano. Embora não seja possível prever com toda a certeza até quando esta tendência se irá manter, importa que marcas e retalhistas a consigam aproveitar e desenhar estratégias para potenciar um espírito que tem também efeitos no consumo», lembra Ana Paula Barbosa, Retailer Vertical director da Nielsen Portugal.

O ambiente positivo faz com que os comportamentos se alterem. Embora as prioridades em termos de preocupação se tenham alterado – com a saúde a passar para primeiro lugar –, o equilíbrio entre vida profissional e pessoal continua a ser um dos aspectos com maior peso. Isto significa que os consumidores procuram produtos que lhes ofereçam conforto e conveniência.

«O desafio neste momento centra-se em apresentar uma oferta para uma disponibilidade acrescida para gastar, mas que apresente uma mais-valia que seja perceptível para os consumidores, que responda às suas necessidades e anseios e se enquadre em preocupações e estilos de vida em transformação», acrescenta a responsável da Nielsen Portugal.

Relacionada com a procura de uma vida mais equilibrada e feliz surge, por exemplo, um interesse maior por entretenimento e actividades de lazer fora do lar. Nesse sentido, refeições fora são responsáveis por 5% do orçamento dos portugueses. Nos tempos de crise, não era alocado mais do que 2,5% a esta actividade.

Por outro lado, o montante do orçamento familiar atribuído a alimentação em casa tem vindo a diminuir, embora ainda corresponde à maior fatia dos gastos dos portugueses (21%).

«Com mais dinheiro e maior disponibilidade para o gastar, os consumidores procuram este desafio por parte das marcas e retalhistas, sendo esta uma boa oportunidade para criar um maior envolvimento com os mesmos. Os consumidores continuam a querer respostas a uma crescente procura por estilos de vida mais saudáveis e esperam adquirir produtos com um impacto positivo na forma como se sentem», adianta ainda Ana Paula Barbosa.

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