Portugal sobe no ranking da competitividade mundial e ocupa o 37.º lugar

Depois de uma queda de seis lugares, que empurrou Portugal para 39.º no ranking dos países mais competitivos do Mundo, eis que se verifica uma recuperação: a edição deste ano do IMD World Competitiveness Ranking atribui a Portugal a 37.ª posição. Trata-se de um salto de dois lugares em relação a 2019.

Mão-de-obra qualificada (75.9%), custo de oportunidade (65.1%) e estabilidade das infraestruturas (61.4%) continuam a ser os factores que tornam a economia nacional mais atractiva. A análise, com a qual a Porto Business School colabora, de forma exclusiva, em Portugal, revela ainda que Portugal surge em destaque na categoria de Preços, já que é o 30.º país mais competitivo a nível mundial neste indicador.

É também o 31.º mais competitivo em matéria de Comércio Externo, o 22.º nas categorias de Estrutura Social e Legislação Empresarial e, ainda, o 24.º a nível de Infra-estruturas Educativas, Saúde e Ambiente.

Quanto aos principais desafios para este ano, passam por garantir a estabilidade do PIB ou a adopção de um sistema fiscal mais amigo do investimento. A lista de desafios conta ainda com a necessidade de reforçar a estratégia nacional de transformação digital, a criação de um acordo entre os vários partidos relativamente a políticas de educação, enfatizando as áreas STEM (Ciências, Tecnologias, Engenharias e Matemáticas) e, por fim, a redução da burocracia e aposta na eficiência do sistema judicial.

«O resultado seria francamente melhor se não fossem alguns pontos fracos que continuam a prejudicar a nossa competitividade, vindos tanto das políticas públicas (53ª, entre 63 países avaliados, em matéria de política tributária) como das empresas (52ª, entre os mesmos 63 países, em matéria de práticas de gestão)», sublinha Daniel Bessa, economista e antigo dean da Porto Business School. Também não contribuem os baixíssimos níveis de poupança e de investimento, refere o especialista.

Em primeiro lugar no ranking dos países mais competitivos surge novamente Singapura, destacando-se ainda subidas por parte da Dinamarca e da Suíça – que ocupam o segundo e terceiro lugares, respectivamente.Hong Kong e Estados Unidos da América, que integraram o top 3 de 2019, perdem o pódio e passam para o quinto e 10.º lugares, respectivamente.

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