O que esperam os portugueses das marcas? Dos donativos ao entretenimento

Há uma enorme expectativa relativamente à participação das marcas no contexto actual de pandemia, seja através de donativos ou da adaptação dos negócios de modo a apoiar o combate ao COVID-19. A conclusão é de um estudo elaborado pelo colectivo de estrategas e criativos Independence, que dá conta ainda de outro tipo de interesses: o público também espera que as marcas alarguem o prazo de troca ou garantia dos seus produtos, ofereçam serviços que normalmente são pagos e que promovam promoções/descontos.

Numa escala mais reduzida, há ainda quem espere conteúdos de entretenimento que ajudem a distrair a mente, informações sobre o vírus ou portes grátis.

Sob o mote “Isolamento Social em Portugal”, a análise parte das respotas de 500 pessoas de Norte a Sul do País para mostrar ainda que quanto mais jovem é o público, maior é essa expectativa. Até à faixa etária dos 45 anos, a opção “Não espero nada das marcas” ocupa o 7.º lugar no ranking de respostas.

A partir dos 46 anos, sobe para o 3.º lugar. Junto dos consumidores com mais de 66 anos, nota-se uma nova escalada, tornando-se a resposta mais votada. Isto significa que os consumidores mais velhos não estão à espera que as marcas desenvolvam qualquer tipo de acção associada às circunstâncias que o País enfrenta neste momento.

O mesmo estudo do Independence revela que há alguns serviços ou questões que os portugueses sentem não conseguir resolver a partir de casa – que poderão representar áreas de oportunidade para as marcas. Embora cerca de 35% dos inquiridos tenha respondido “nenhum”, os restantes apontaram para exercício físico, exames e análise, pagamento de contas, cabeleireiro, consultas médicas, assistência informática ou recolha de lixo médio e grande formato.

Algumas respostas notam também dificuldades em áreas mais institucionais, como é o caso das burocracias com órgãos públicos, questões referentes a universidades/bibliotecas ou, ainda, violência doméstica.

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