O digital não matou os brinquedos: crianças ainda querem brincar

As queixas sobre o tempo que os mais novos passam em frente aos ecrãs surgem amiúde na televisão, em conversas de amigos ou nos transportes públicos, por exemplo. Mas será que os brinquedos já saíram mesmo da equação? Uma análise realizada pela eMarketer indica que os brinquedos tradicionais, incluindo os jogos de tabuleiro e os blocos de construção, ainda têm um peso considerável junto das crianças e pré-adolescentes.

Nos Estados Unidos da América, as vendas de brinquedos ascenderam a 21,6 mil milhões de dólares (19,4 mil milhões de euros) em 2018, o que representou uma quebra de 2% em relação ao ano anterior (dados do The NPD Group). No entanto, face a 2016, verificou-se uma ligeira subida, o que poderá indicar que o sector ainda está de boa saúde.

Categorias como figuras de acção e acessórios ou bonecas apresentaram saltos de 10 e 7%, respectivamente, entre 2017 e 2018. Por outro lado, peluches e veículos recuaram 10% ambas.

Outro relatório da RoosterMoney, também citado pela eMarketer, indica que os brinquedos lideram os desejos dos mais novos: questionados sobre aquilo que gostariam de comprar com as suas poupanças, a maioria dos inquiridos entre os quatro e os 14 anos apontou para Lego. As bonecas aparecem em quinto lugar na lista.

Uma das categorias que parece sofrer mais com as mudanças de hábitos é a das bicicletas: também nos EUA, a venda destes veículos para crianças desceu 10% em Novembro e Dezembro de 2018 versus o período homólogo anterior (The NPD Group).

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