Neuromarketing inspira nova agência de comunicação Brainding

Poderão as Neurociências ser úteis para a Comunicação? Catarina Alves Ribeiro não tem dúvidas de que a resposta a esta pergunta é “sim”. Tanto que fundou a Brainding, uma agência cuja missão é, precisamente, aplicar conceitos neurocientíficos ao mundo dos negócios e da divulgação de marcas – área também conhecida como Neuromarketing.

Licenciada em Marketing e com especializações em Estratégia, Marketing Digital e Neuromarketing, pela Copenhagen Business School, em Neuromarketing, pelo ISAG, e em Medical Neurosciente, pela Duke University, está actualmente a terminar o mestrado em Neurociências Cognitivas e Comportamentais pela Universidade Católica Portuguesa em conjunto com o Instituto Superior de Psicologia Aplicada.

Para lançar o seu próprio projecto, Catarina Alves Ribeiro deixa o cargo de directora de Marketing da Coldwell Banker Portugal, rede imobiliária onde estava nos últimos três anos. Antes disso, a profissional passou também pela Sotheby’s, Monday Interactive Marketing, Nau Hotels & Resorts, Incyte Ativism, Desafio Global e Hotéis Real Portugal.

«A Brainding surge da necessidade de compreender melhor qual o impacto das estratégias de marketing e comunicação das empresas na mente do consumidor de forma a tornar a comunicação mais direccionada e sustentável», explica a fundadora da nova agência.

De acordo com Catarina Alves Ribeiro, o «objectivo de orientar melhor as marcas neste processo permite que a sua comunicação com o consumidor seja menos falível e, por consequência, oferece uma maior eficiência económica». Para o consumidor, por outro lado, esta aposta permite-lhe obter das marcas aquilo que realmente querem ou necessitam.

Isto porque as Neurociências permitem estudar o impacto dos estímulos na tomada de decisão, que não será assim tão racional como se poderia pensar. Quantas vezes vamos ao supermercado comprar apenas pasta de dentes e voltamos de carrinho cheio? A questão é lançada pela fundadora da Brainding, que lembra a importância do argumento “gosto mais deste”.

Importará, por isso, comunicar com esta realidade em mente, sabendo que as emoções desempenham um papel fundamental na tomada de decisão. «A identificação dos estímulos mais salientes, o momento em que estes devem ser apresentados, quais os contextos e de que forma podem as marcas construir um processo de aprendizagem ou um mecanismo de activação de memórias relevantes para o processo de compra ou de interacção com a marca são objectos de estudo em Neuromarketing e que levam a uma maior consciente deste ecossistema», explica. A Brainding posiciona-se neste cenário, com a promessa de aliar estratégias de Marketing às Neurociências.

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