“Marketing digital” vai ser como “televisão a cores”

O desafio do digital foi o grande tema que norteou a mais recente TIP Talk da Marketeer, com Manuel Falcão, director-geral da Nova Expressão, e João Cotrim de Figueiredo, presidente do Turismo de Portugal.

Texto de M.ª João Lima, M.ª João Vieira Pinto e Rafael Paiva Reis

«Daqui a muito pouco tempo, a expressão “marketing digital” vai ser igual à expressão “televisão a cores”. Às vezes faz-me lembrar a forma como, há cem anos, estávamos a descrever com grande interesse a electricidade em casa. Todo o marketing vai ser em essência digital.»

É esta a avaliação de João Cotrim de Figueiredo, presidente do Turismo de Portugal, um instituto que aplica, segundo o próprio, 100% do orçamento de marketing no digital. Na sequência do estudo apresentado, na TIP Talk da Marketeer, sobre os hábitos digitais dos portugueses, da autoria da Nova Expressão, em parceria com a Marktest, o responsável sublinhou o carácter «decisivo» destas métricas para «perceber a forma como as pessoas decidem e consomem» e a importância desta informação «para saber como se aplicam os orçamentos».

O digital traz novos desafios no marketing e um dos principais é a adequação dos conteúdos. Acompanhe as restantes conclusões numa conversa entre Manuel Falcão, director-geral da Nova Expressão, e João Cotrim de Figueiredo, presidente do Turismo de Portugal.

Manuel Falcão – É um gestor com experiência em várias áreas, um apaixonado pelo marketing, um observador atento do que se passa no digital e como presidente do Turismo de Portugal tem uma das grandes contas de digital no mercado português. Vi-o bastante interessado na questão das métricas…

João Cotrim de Figueiredo – É um tema que me apaixona não tanto por aquilo que já fazemos no digital, mas para perceber como é que estas coisas acabam por afectar a forma como as pessoas vivem. É interessante para ver como aplicamos os nossos orçamentos e os nossos neurónios.

No que respeita às métricas, eu não consigo tomar decisões baseado nas intuições. No caso do Turismo, quando tomei posse, uma das coisas que me espantou foi a facilidade com que as pessoas dispensavam a informação concreta. Há estatísticas retrospectivas, mas para ver para onde vamos adiantam pouco.

Quer em relação às estatísticas específicas do turismo, quer em relação às métricas do digital, encontrámos lacunas muito grandes. E continuamos a encontrar. Mesmo aquelas pessoas que acham que o digital é a concretização do Big Brother que preconizava George Orwell, ficam espantadas quando se percebe que não se sabe tanto assim. Ainda temos de trabalhar muito com os fornecedores de serviços digitais para podermos ter métricas mais fiáveis.

Para ler o artigo na integra, consulte a edição de Fevereiro de 2015 da revista Marketeer.

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