Luanda é a cidade mais cara do mundo

Luanda2_rsA capital angolana é, pelo segundo ano consecutivo, a cidade mais cara do mundo, segundo um estudo da consultora Mercer sobre o custo de vida. Lisboa surge na 94.ª posição, tendo subido 15 lugares no ranking em relação à edição anterior.

O estudo da Mercer pretende ajudar “governos e outras entidades a determinarem subsídios de compensação para os seus colaboradores expatriados” e abrange 211 cidades dos cinco continentes, comparando os custos de mais de 200 bens em cada local, incluindo alojamento, transporte, comida, roupa, artigos domésticos e entretenimento. Nova Iorque é utilizada como cidade-base para o estudo, servindo de comparação para todas as outras cidades, pelo que os movimentos monetários são medidos em relação ao dólar americano.

Deste modo, “as diferenças nos custos podem ser muito distintas”, ressalva a Mercer. A título de exemplo, um bilhete de cinema pode custar cerca de 6,7 euros em Lisboa, em comparação com 15,77 euros em Londres, enquanto um litro de gasolina pode custar 0,45 euros em Luanda, em comparação com 1,6 euros em Lisboa. Já uma refeição de fast food custa em média 4,95 euros na capital portuguesa e 13,89 euros em Luanda.

O Top 10 do ranking fica completo com N’Djamena (Chade), na segunda posição, Hong Kong (3.ª), Singapura (4.ª), Zurique (5.ª), Genebra (6.ª), Tóquio (7.ª), Berna (8.ª), Moscovo (9.ª) e Shangai (10.ª).

«Enquanto Luanda e N’Djamena são cidades relativamente pouco dispendiosas para os locais, tornam-se muito caras para expatriados visto que os bens importados são de elevada qualidade», explica Tiago Borges, responsável da área de Estudos de Mercado da Mercer. «É por esta razão que algumas cidades africanas aparecem no topo da classificação no nosso estudo».

De um modo geral, as cidades da Europa Ocidental subiram no ranking “principalmente devido ao fortalecimento das moedas locais comparativamente ao dólar americano”. Paris (27.º lugar) subiu dez posições relativamente ao ano passado, Milão (30.ª) subiu onze lugares, Roma (31.ª) escalou treze e Viena (32.ª) ascendeu dezasseis posições.

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