L’Éclair: uma nova carta de comer e chorar por mais

Uma montra recheada de cor e que faz antecipar sabores. É assim o primeiro impacto quando se entra no L’Éclair, a pastelaria dedicada a éclairs que nasceu no Saldanha em 2014 pela mão de Matthieu Croiger e João Henriques. E se é verdade que os olhos também comem, não menos verdade, neste caso, é que quando os exemplares de pastelaria francesa chegam à boca não desiludem. Pelo contrário: surpreendem. E desaparecem num ápice!

Com a entrada da nova estação (apesar do tempo primaveril insistir na sua permanência em Lisboa), a L’Éclair introduziu novas propostas na sua carta de pastelaria doce e também alguns salgados para quem desejar fazer uma refeição mais completa. Com esta nova carta há um éclair para cada gosto: para os que gostam de citrinos, para os fãs de frutos vermelhos, para os puristas do irish coffee, para os que se pelam por nougat e, como não podia deixar de ser, para os apaixonados por chocolate! Se ainda assim não está convencido, pode sempre alegar que está de dieta e comer um dos salgados com salmão, com frango ou com rosbife. Garantidamente não vai ficar nada mal! E já que está pelo L’Éclair aproveite e leve uns macarons para depois do jantar. Vai ver que não se arrepende.

Uma coisa é certa nesta casa de sangue português: os ingredientes frescos, sempre que possível, são também eles portugueses – limão biológico, framboesas alentejanas, laranja do Algarve, são apenas exemplos. Os restantes ingredientes seguem os princípios da pastelaria francesa e são sempre os melhores do mercado: pistáchio do Irão, avelã de Piemonte, chocolate Valrhona e a baunilha do Taiti. Tudo, desde o praliné ao maçapão, passando pela pasta de pistáchio e pela massa folhada é feito à mão e de raiz no L’Éclair. Até o pão de forma utilizado no Croque Monsieur, uma novidade salgada da carta, é feito por João Henriques e a sua equipa.
Em média, por dia, são confeccionados 500 éclairs na cozinha do L’Éclair, além dos restantes doces que são vendidos a particulares e para fornecer alguns restaurantes (cujos nomes estão nos segredos dos deuses). Os preços, esses, variam entre 2,60€ e 4,80€, um valor que os portugueses não estavam habituados a pagar, mas que, à medida que o tempo tem passado e que vão provando, percebem, diz Matthieu, que é o valor justo pela qualidade que o produto apresenta.

Quem são os sócios?

Matthieu Croiger e João Henriques são, ambos, lusodescendentes. Viviam em França, mais concretamente em Paris, quando há três anos decidiram dar um novo rumo às suas vidas. O momento de viragem deu-se quando Matthieu soube que o pasteleiro da famosa pâtisserie parisiense Fauchon tinha abandonado o projecto para abrir um negócio próprio, exclusivamente dedicado a éclairs. Matthieu – que fizera carreira em hotéis de 5 estrelas e palácios – desafiou, João – pasteleiro de formação – para abrir este conceito, mas em Portugal. Mudaram-se para Portugal, mas apesar de terem um estudo de mercado feito, avaliado locais e elaborado o plano de negócios, a banca fechou-lhes as portas. Recorrendo a capital próprio familiar encontraram o espaço que, depois de obras, viria a abrir portas em Abril de 2014 a que se juntou uma banca no Mercado da Ribeira já este ano.

Texto de Maria João Lima

E porque os olhos também comem, veja aqui algumas das iguarias que pode provar no L’Éclair.

Artigos relacionados