Estudo da MetLife mostra que é crucial rever o pacote de benefícios

Os Zillennials – microgeração composta por pessoas que nasceram entre 1993 e 1998 – estão insatisfeitos com o mercado de trabalho e exigem mesmo uma nova experiência mais alinhada com os seus valores. A conclusão é de um estudo da MetLife, empresa especializada em seguros de vida e de acidentes pessoais, segundo o qual esta geração é a que está menos satisfeita a nível profissional: mais de metade (53%) afirma que ter um emprego que não os realiza é uma das maiores causas de stress.

Na sua 20.ª edição, o estudo anual sobre tendências de benefícios dos trabalhadores da MetLife aponta para uma mudança nas expectativas impulsionada por estes trabalhadores mais jovens, que “mostram ter menos probabilidades de se conformarem às convenções tradicionais do local de trabalho devido à evolução dos seus valores e prioridades”.

A solução? Os empregadores devem mostrar ter um propósito e, além disso, rever o pacote de benefícios para atrair e reter as novas gerações. Apenas 46% dos inquiridos se mostra disponível para permanecer numa empresa que não tem um propósito empresarial claro e positivo (contra 57% de todas as gerações).

Em termos de necessidades, verifica-se que os Zillennials procuram além dos benefícios tradicionais: têm maior interesse pela posição do empregador face a questões ambientais e éticas (45%), bem como de diversidade, equidade e inclusão (40%). Segundo o estudo, esta mudança é consistente nas outras gerações, embora os trabalhadores mais jovens se destaquem.

Quanto aos benefícios mais desejados, a MetLife indica que um em cada quatro Zillennials (27%) diz ter considerado mudar de emprego devido à oferta de um pacote de benefícios melhorado (vs. 19% de todos os trabalhadores). Aqueles que assumem maior importância ainda continuam a ser os mais tradicionais, como seguros de vida e de hospitalização.

Já quando questionados sobre que benefícios melhorariam o seu bem-estar, os Zillennials apontaram como principais prioridades as licenças pagas e não pagas (74%); programas de equilibro da vida profissional e pessoal (67%); benefícios de bem-estar mental, incluindo programas de assistência e reembolso de sessões terapêuticas (62%); e programas de apoio às suas necessidades financeiras (55%), como principais prioridades.

«Para melhorar a satisfação e a retenção de talento, os empregadores precisam de atribuir maior importância aos benefícios. O objectivo é oferecer um pacote completo que dê resposta às principais necessidades das novas gerações. Caso contrário, arriscam-se a ficar para trás na guerra pelo talento», alerta Oscar Herencia, vice-presidente da MetLife para o Sul da Europa e director-geral para Espanha e Portugal.

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