Entregas podem ser o próximo negócio bilionário da Amazon

A capacidade logística da Amazon poderá estar, em breve, ao alcance dos seus clientes. Segundo a Adweek, o serviço de entregas da gigante tecnológica liderada por Jeff Bezos poderá ser o seu próximo negócio bilionário.

A primeira pista é a compra de 11 aviões de passageiros no início deste mês e que estão agora a ser reconvertidos em aviões de transporte de carga. Os veículos deverão passar a fazer parte da frota aérea da Amazon até ao próximo ano, reforçando a capacidade de entrega de encomendas a clientes nos Estados Unidos da América.

Os analistas consideram que a expansão para os aviões era inevitável, uma vez que as empresas de logística tradicionais como FedEx ou UPS não estão a conseguir dar resposta às necessidades da empresa e respectivos clientes. Quem faz parte do programa de fidelização Prime, por exemplo, espera receber os seus pedidos no próprio dia ou, em alguns casos, no prazo de dois dias.

«Eles cresceram tão rapidamente nos últimos três anos, enquanto a UPS, a FedEx e a USP simplesmente não conseguiram acompanhar», afirma James Thompson, antigo gestor da Amazon e actualmente Chief Strategy Officer na agência Buy Box Experts – que colabora com a Amazon.

Para resolver o problema, a Amazon decidiu investir na sua própria rede de logística, em vez de confiar em parceiros. Além dos aviões, a empresa tem vindo a comprar também veículos terrestres, tendo fechado um acordo para a aquisição de 20 mil carrinhas Mercedes em 2018, por exemplo.

Mas será que a ambição da Amazon pára por aqui? A Adweek indica que o crescimento da rede logística poderá levar à criação de uma nova área de negócio: a Amazon passaria a rivalizar com as suas antigas parceiras. Esta espécie de spin-off não seria estranha à companhia, que já seguiu um caminho semelhante com a Amazon Web Services, por exemplo, ao disponibilizar o seu serviço de cloud a terceiros.

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