Desconfinamento ao nível do Natal: 47% dos portugueses com mobilidade elevada ou média

O início da segunda fase do plano de desconfinamento do Governo português, que envolveu a reabertura das esplanadas, dos museus e dos ginásios, entre outros, levou mais pessoas às ruas. O mais recente painel PSE mostra que o “confinamento em casa na última semana apresentou a maior descida semanal desde que entrámos no período pandémico”.

Nesse sentido, só em Maio de 2020 e na semana que antecedeu o último Natal é que se verificou uma variação semanal tão acentuada, levando a PSE apontar para uma aceleração do desconfinamento.

A mesma análise evidencia também que quase metade da população (47%) registou uma mobilidade elevada ou média entre os passados dias 5 e 9 de Abril. Este número compara com os 32% registados entre 15 de Janeiro e 12 de Março, nos dias úteis. O Índice de Mobilidade da PSE (indicador em que a base 100 corresponde à mobilidade na situação pré-Covid), por seu turno, atingiu os 101 na última semana, indicando que os portugueses estão a circular tanto como antes do novo coronavírus.

A PSE alerta, porém, que, embora a intensidade de mobilidade possa estar ao nível pré-pandemia, isso não significa que o comportamento dos cidadãos esteja igual. O tempo médio despendido ou a distância percorrida podem ser semelhantes, mas os atributos qualitativos apresentam diferenças significativas – desde os destinos aos horários, passando ainda pelo objectivo da deslocação.

Por outro lado, a PSE sublinha que a média de população em casa antes da pandemia, nos dias úteis, era de cerca de 25%. Actualmente, com o teletrabalho e o ensino à distância, por exemplo, 32% dos portugueses passa os seus dias em casa. “Ou seja, o novo contexto social em Portugal faz com que mais 7 a 8% da população tenha oportunidade de estar em casa todos os dias”, aponta a empresa de serviços estatísticos.

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