Comprar ou não comprar? 66% dos portugueses revê regularmente o orçamento familiar

Fazer e rever regularmente o orçamento familiar é um dos meios mais utilizados pelos portugueses para terem noção daquilo que podem ou não comprar. Dados do Observador Cetelem Literacia Financeira mostram que 66% dos cidadãos organiza a sua vida financeira desta forma: é assim que percebem se este mês podem investir numa nova máquina de lavar loiça ou se é melhor esperar pelo Natal para renovar o guarda-roupa, por exemplo.

Trata-se de um crescimento de 14% em relação ao ano passado, segundo indica o Observador Cetelem – em antecipação do Dia Mundial da Poupança e da Literacia Financeira, que se assinala no dia 31 deste mês.

Cerca de 33% dos portugueses revê o orçamento familiar mensalmente, 9% fá-lo diariamente e 5% a cada semana. Os inquiridos entre os 25 e os 34 anos (40%) e os residentes na região Centro (52%) são os que revelam um maior hábito de rever mensalmente o orçamento.

Como fazer um orçamento familiar?

Entre os portugueses inquiridos, o peso das despesas mensais fixas regista um aumento e representa entre 25% e 50% do orçamento para mais de metade (57%). Por seu turno, as despesas diárias representam menos de 25% para metade dos inquiridos.

Os valores referentes às despesas fixas têm maior peso junto dos portugueses entre os 35 e os 64 anos (65%) e residentes no Grande Porto (68%), indica ainda o Observador Cetelem.

Há também que ter em conta a gestão equilibrada entre rendimentos e despesas: 89% dos portugueses sabe o valor do rendimento mensal do agregado familiar. Destes, 35% conhece-o com exactidão, o que significa um aumento de 6% em relação a 2019. Por outro lado, 54% sabe o valor aproximado (versus 59% em 2019). Quanto às despesas mensais, 26% não sabe este valor com exactidão (mais 6 %) e 63% sabe o valor aproximado (menos 4%).

Há ainda quem não saiba de todo quais os rendimentos ou as despesas do agregado familiar: 11% dos portugueses desconhece o dinheiro que tem disponível e o montante que é gasto mensalmente, ou seja, mais 2% do que no ano passado.

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