Chicco: Reinventar o “Dar vida”

O projecto Chicco Dá Vida é, há 14 anos, a bandeira da Chicco na área da responsabilidade social corporativa. Foi criado para ajudar a equipar as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais dos Hospitais e Maternidades portuguesas. Hoje, “14 hospitais depois”, a missão do projecto mantém-se, porque o equipamento continua a ser necessário e a fazer a diferença no funcionamento destas unidades.

«Chicco Dá Vida é efectivamente o nosso projecto na área da responsabilidade social porque é um projecto de todos. Refiro-me a consumidores, clientes, agências, médicos e enfermeiras, colaboradores, etc., mas também pela diferença que faz na vida dos bebés e das famílias que dele usufruem», sublinha Filipa Remígio, directora de Marketing e Vendas da Artsana Portugal.

Daí que a responsável não se coíba de garantir que «o balanço destes 14 anos é claramente positivo e muito gratificante». E se é verdade que a Chicco já conseguiu ajudar várias unidades hospitalares de Norte a Sul do País, incluindo ilhas, a ambição é ajudar muito mais e garantir que mais bebés e as suas famílias possam aceder a UCIN bem equipadas em qualquer ponto do País.

Mas o projecto não se faz sozinho. O projecto Chicco Dá Vida é resultado do trabalho pro bono de muitas pessoas, inclusive dos padrinhos. Nos últimos 14 anos, foram vários os embaixadores que deram a cara pelo projecto Chicco Dá Vida. Fernanda Serrano, Margarida Marinho, Jorge Corrula, Paula Lobo Antunes, Catarina Furtado, entre outros. «O apoio dos padrinhos tem sido indispensável para a divulgação e crescimento do projecto Chicco Dá Vida, para chegarmos a cada vez mais famílias.»

Este ano, a Chicco decidiu não ter apenas um embaixador do projecto, até porque, mais do que nunca, em 2020 Chicco Dá Vida foi um projecto da comunidade, reinventado a partir de um apelo nas redes sociais. E foi também nas redes sociais que os embaixadores, amigos da marca e consumidores ajudaram a comunicar a acção deste ano. «O que sentimos foi que as pessoas sentiram a campanha como sua e quiseram fazer parte, partilhando-a. Tivemos muitos embaixadores em 2020 – e muitos deles anónimos.»

Importância dos intercomunicadores

Em meados de Março, logo no início da pandemia, a Chicco teve conhecimento de um apelo nas redes sociais para a doação de intercomunicadores. «Confirmámos a sua veracidade com um médico que se encontrava na linha da frente no combate à Covid-19 e apercebemo-nos da importância dos intercomunicadores para facilitar a comunicação entre profissionais de saúde e doentes em isolamento nos hospitais e unidades de saúde», recorda Filipa Remígio. Decidiram, por isso, não só ajudar aquele hospital, mas estender a ajuda a todo o País, disponibilizando o stock que tinham em Portugal. «Registámo- nos na plataforma do SNS e em menos de uma semana recebemos os pedidos e entregámos mais de 750 intercomunicadores em mais de 70 hospitais e unidades de saúde em todo o País (incluindo ilhas)», lembra.

Ao fazer o registo na plataforma do SNS, a Chicco disponibilizou um endereço de email através do qual todos os hospitais e unidades de saúde puderam enviar os seus pedidos. «Tentámos dentro do possível responder a todos os pedidos e procurámos gerir a distribuição dos equipamentos de forma justa e dando sempre uma resposta rápida e eficiente.» As entregas foram garantidas pelas transportadoras com as quais a empresa trabalha habitualmente e, em poucos dias, os hospitais e unidades de cuidados de saúde recebiam o seu pedido – algumas vezes no próprio dia ou no dia seguinte.

Esta reinvenção do projecto Chicco Dá Vida acabou por nascer de um acaso, mas para a marca fez todo o sentido. «Num ano como este, conseguimos alargar a nossa ajuda e chegar a mais hospitais com um equipamento que era necessário e estava ao nosso alcance. Nunca tínhamos pensado em “reinventar” o intercomunicador. Mas estes aparelhos ganharam uma nova vida.»

De acordo com os testemunhos que a empresa foi recebendo, estes intercomunicadores ajudam sobretudo de três formas. Por um lado, facilitam o contacto entre profissionais de saúde e doentes, que conseguem facilmente estabelecer o diálogo através destes aparelhos, evitando ter que entrar no quarto e usar mais um equipamento de protecção individual, para apenas uns minutos de contacto. Por outro lado, ajudam a reduzir a solidão, porque permitem o diálogo mais frequente com os doentes em isolamento. E, por fim, também facilitam o contacto entre equipas de profissionais – colegas de trabalho em diferentes zonas dos hospitais, que podem interagir e passar informações essenciais através dos intercomunicadores. Assim, tornou-se possível evitar o uso de muitos equipamentos de protecção individual – que, especialmente no início da pandemia, escasseavam e que precisavam (e continuam a precisar) ser usados de forma racional.

«Esta foi a forma, apesar de totalmente inesperada, que encontrámos de ajudar não só naquele momento, mas sempre aqueles que estão todos os dias na linha da frente no combate ao vírus. E o feedback que temos recebido por parte dos profissionais é tudo! Saber que fomos úteis e que os nossos equipamentos continuam a fazer a diferença no dia-a-dia destas pessoas, tantos meses depois, é muito gratificante», confessa, garantindo estarem muito orgulhosos do que os intercomunicadores conseguiram em 2020.

No entanto, na sua criação, os intercomunicadores foram pensados para ajudar os pais a manter contacto com os filhos. Este é o desejo da Chicco, que essa continue a ser a sua grande utilidade. «Será bom sinal que se mantenha desta forma», comenta a responsável da marca.

Um ano de desafios

Com o fecho das lojas, a Chicco viu-se obrigada a repensar todas as formas de continuar a estar próxima dos seus consumidores – famílias com crianças e toda uma nova rotina para gerir. As crianças não pararam de crescer, os bebés não pararam de nascer e estes pais precisavam de serviços que lhes garantissem acessibilidade aos produtos de que necessitavam, com rapidez e segurança.

As compras online dispararam logo nas primeiras semanas, mas a empresa sentiu, desde logo, que não poderia ser o único serviço à disposição dos clientes. Sentiu necessidade de criar algo que facilitasse ainda mais o atendimento aos consumidores, com a qualidade e o apoio especializado de sempre.

Em Maio, com a reabertura de algumas lojas, lançaram em Portugal um projecto pioneiro para a marca – a Smart Shop Click & Collect para facilitar o processo de compra em loja. Basicamente funcionava como uma lista de compras: era possível encomendar online e chegar à loja apenas para levantar e pagar, garantindo uma visita mais rápida à loja e com muita segurança para todos. Foi uma fase preliminar do serviço Click&Collect, que lançaram há algumas semanas, a tempo do Natal, e disponível no site em chicco.pt.

Também disponibilizaram um serviço de atendimento personalizado por telefone (para completar o chat já existente na loja online), para pais e mães com necessidades de aconselhamento em produto. Pouco depois lançavam o serviço para todas as lojas, via WhatsApp, que continua a funcionar.

A Chicco acredita que o seu papel enquanto marca é contribuir para que os seus consumidores tenham uma vida melhor, mais facilitada, mais tranquila. É para isso que cria produtos “facilitadores” da rotina de pais e bebés. Mas também acredita que este papel vai muito além dos produtos que desenvolve. Por isso quis estar, desde o início desta pandemia, próxima dos seus consumidores, disponibilizando conteúdos gratuitos nas suas redes sociais no âmbito do projecto #Next2You – nascido também logo no início da pandemia.

«Porque estar junto aos nossos consumidores é também disponibilizar informação ou entretenimento, além dos produtos. Publicámos vários vídeos nas redes sociais e fizemos lives sobre vários temas: desde a própria pandemia a outras dúvidas mais comuns ligadas à maternidade/parentalidade», lembra Filipa Remígio. Porque os pais continuarão a ser pais, a ter dúvidas próprias dos pais e a precisar de acompanhamento como sempre precisaram. E a Chicco estará cá para continuar a prestar esse apoio, enquanto marca especialista em puericultura.

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