Aumento de salário, modelo híbrido e saúde mental: estas são as tendências do mercado de trabalho para 2023

A empresa de recrutamento Michael Page divulgou o seu estudo anual sobre as principais tendências do mercado de trabalho para o próximo ano para quadros executivos em empresas de grande dimensão. No conjunto de sectores, os dados demonstram o aumento da digitalização dos negócios, a mobilidade, novos métodos de trabalho, novas funções e a corrida por talentos.

O ano de 2022 foi favorável à instalação de novas empresas e operações em Portugal, bem como o reforço e presença em novos mercados, trazendo novos desafios para as empresas ao nível do recrutamento. Num mercado cada vez mais dinâmico, competitivo e com ofertas de emprego globais, a atracção e a retenção de talentos estão no foco das empresas. Em 2023 prevê-se que os salários em geral sofram uma valorização entre 2% e 4%, embora em sectores mais dinâmicos este aumento já está a superar este limite, apesar de bastante abaixo da taxa de inflação que irá continuar a sentir-se no próximo ano.

As equipas de gestão, a par dos recursos humanos, tentaram nos últimos tempos criar e implementar modelos de colaboração que possam agradar a todos e também os conceitos de saúde mental e well being estão na ordem do dia. Já a semana de quatro dias de trabalho começa a ganhar expressão junto de alguns sectores para atrair talento.

As soft skills são cruciais na diferenciação dos candidatos, e continua a registar-se uma aposta em profissionais mais juniores, com visão internacional, domínio de idiomas, mindset diferenciador e skills analíticos. Paralelamente, mantém-se a procura de candidatos com experiência sólida acumulada, know how e nível de compromisso.

No que diz respeito às lideranças, as empresas procuram num “head of” ou director capaz de conciliar a estratégia e a operacionalização, com conhecimento das ferramentas e técnicas, além de saber gerir a equipa. Nas funções de marketing e comunicação generalistas, um director de Marketing pode auferir até 85 mil euros e um director de Comunicação 72 mil euros, enquanto nas funções ligadas ao marketing digital, o plafond máximo é de 110 mil euros para a função de director de e-Commerce.

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