Áudio, TikTok e saúde mental: estas são as tendências que as marcas devem adoptar

Uma investigação de seis meses levada a cabo pela agência Butragueño & Bottländer resulta agora no lançamento do relatório “Tendencias & Co”, que revela os principais temas e áreas que estão a revolucionar a comunicação das marcas. Abordando questões sociais, culturais ou criativas, entre outras, a agência prevê ainda quais serão as estratégias que a comunicação das marcas terá de adoptar no futuro.

  • Band Lives Matter. Trata-se de uma evolução radical nas estratégias tradicionais de responsabilidade social corporativa. Nesta nova realidade de activismo de marcas, há tantas oportunidades como riscos – e a chave será alinhar o produto com o propósito e aprofundar a coerência.

 

  • A voz. A revolução do áudio já começou a tornar as redes mais humanas. Pela primeira vez na História, aparece uma tecnologia que quase não tem curva de aprendizagem: a voz. Os utilizadores são atraídos pela facilidade de uso, a imediatez e a espontaneidade e o que interessa realmente não é a imagem, mas, sim, a voz.

 

  • TikTok. Efémero, visual, compacto, incisivo, criativo. O formato do TikTok condiciona o conteúdo e define a própria linguagem, afectando todas as áreas de comunicação. A própria rede social é uma plataforma de experimentação para as marcas, tornando-se uma oportunidade para investigar e surpreender. Contudo, é preciso prestar atenção às condicionantes associadas à forma como a Geração Z consome os conteúdos de media (estes consumidores são inquietos, impacientes, rápidos, práticos) e pensar em formatos curtos, informais e únicos.

 

  • Orgulho na saúde mental. Menos estigmas, mais empatia. Há menos inconvenientes em assumir que os problemas mentais são comuns e as empresas levam isso a sério. Para as marcas, surge uma oportunidade de comunicação relevante para muitas pessoas com alavancas importantes para o seu discurso: o optimismo, a resiliência e a naturalidade perante as doenças mentais. A saúde mental é um novo símbolo de status.

 

  • As anti-redes. Mais privadas, mais locais, mais especializadas. Estão a surgir novas redes sociais long tail que apostam em círculos mais pequenos e localizados, com base no modelo de negócio da publicidade, oferecendo uma maior segurança, além de conseguirem ser mais rentáveis para os influenciadores. A vizinha Espanha apresenta-se como pioneira em algumas destas plataformas, como a Thegrefg e a Ibai. Há, no entanto, também outras alternativas, centradas em ofertas hiper-locais ou hiper-personalizadas, que funcionam mais por subscrição do que por publicidade – Nextdoor, Valence, Minds ou Lanchyoo são alguns exemplos.

 

  • Data-anxiety. A informação é o novo ouro e a forma como é tratada provoca ansiedade. Os governos continuam a apresentar medidas para moderar o poder que as empresas tecnológicas acumulam, graças ao controlo de dados. A limitação ao uso de cookies está entre as novas políticas de privacidade a favor dos utilizadores. Um novo contexto que obriga, em muitos casos, a reestruturar a forma como as empresas interagem com os seus clientes e que convida a substituir o conceito de audiência pelo de comunidade. As marcas devem, assim, antecipar-se a um futuro sem cookies.

 

  • Jornalismo on demand. Numa altura em que os utilizadores são bombardeados com todo o tipo de estímulos e conteúdo informativo, é natural que a tendência seja para começar a fazer uma maior selecção dos meios que se seguem. Na busca por fontes alternativas, que garantam a veracidade dos factos, a subscrição de newsletters pagas tem vindo a aumentar nos últimos meses.

 

  • Diversidade diversificada. A Unilever eliminou a palavra “normal” para promover uma visão da beleza mais diversa e inclusiva e a L’Oreal e a Johnson & Johnson puseram fim a termos como “branqueador” ou “aclarador”. Estes são exemplos de uma tendência que aponta à diversidade e que vai ainda mais além: a diversidade enche-se de conteúdo e transcende as ideias de género ou etnia. As marcas devem assegurar-se de que ampliam o foco, tendo em mente que a diversidade é muito mais do que conceitos clássicos.

 

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