As massagens japonesas do Ritz Spa

Em japonês, Miyuki Yasuda significa “neve bonita”. Miyuki Yasuda é bonita, tem a pele clara como a neve, a leveza do andar japonês mas a capacidade terapêutica sustentada em tradições ancestrais do país do sol nascente.

Terapeuta do Four Seasons Hotel Kyoto, Miyuki Yasuda tem estado nas últimas semanas no Ritz Spa em Lisboa, para onde trouxe aquilo que diz ser a “combinação perfeita de dinamismo e zen”. A mim, agraciou-me (verdadeiramente) com uma Arashiyama Kyoto Bamboo Massage de 50 minutos. Quando Miyuki me foi receber, confesso que por segundos pensei se, do alto da sua pequenez, iria conseguir desfazer o peso que, naquele dia, teimava em percorrer as minhas costas. Miyuki sorriu! Explicou-me – com a maior calma e o mais largo dos sorrisos – a hora que se iria seguir: «com óleo quente e varas terapêuticas de bambu, este tratamento de corpo inteiro é pensado para aliviar a fadiga nas pernas e músculos tensos devido a desequilíbrios posturais».

Não precisou mais do que um minuto para me convencer!

Inspirado pelo período Heian, no apogeu da “Paz e Tranquilidade”, o spa do Four Seasons Hotel Kyoto incorpora o princípio da estética japonesa do Enso: a ligação entre corpo e mente através do movimento do círculo de Enso. A trabalhar no spa localizado no octogenário ikeniwa (jardim da lagoa), Miyuki Yasuda procura encontrar a melhor forma de ajudar cada cliente em particular, com os seus tratamentos inspirados nas tradições de cura e ingredientes terapêuticos do país.

Ao Ritz Spa de Lisboa trouxe três experiências de assinatura que realçam, cada uma por si, ingredientes icónicos japoneses e tradições: chá verde, bambu e técnicas curativas ancestrais. No meu caso, a experiência foi de bambu, que se combina com massagem profunda e em que nenhum ponto mais tenso do corpo é deixado ao acaso.

Confesso que 50 minutos depois – e após a massagem sacrocaniana com que terminou – estava num misto entre o babar e o dormir. Saí à “japonesa”, que o mesmo é dizer… a flutuar.

Obrigada, Miyuki Yasuda!

Texto de M.ª João Vieira Pinto

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