Alexandre Silva abre restaurante dedicado ao fogo

Depois do Loco, o Fogo. O novo projecto do chef Alexandre Silva vai buscar inspiração à primeira descoberta da civilização para apresentar receitas portuguesas bem distantes do conceito de fine dining que o tornou conhecido entre os adeptos de novidades gastronómicas – e que lhe valeu uma estrela Michelin.

Aqui, há tachos de ferro (alguns com mais de 100kg), animais inteiros no espeto e receitas que encontram nas brasas as suas melhores amigas. «Mesmo antes de ser cozinheiro, sempre estive habituado a lidar com o fogo. Lá em casa cresci a ver a minha mãe e os meus avós a fazerem sopas e guisados à volta dele», conta Alexandre Silva. «Portugal tem uma enorme tradição no que respeita à cozinha com fogo, mas nunca foi elevada até onde merece», acrescenta o chef.

A acompanhá-lo na nova aventura está Manuel Liebaut, actualmente responsável I+D do Loco. No Fogo, será chef residente e contará  com Ronald Sim (vindo directamente do Burnt Ends em Singapura) como seu braço direito.

Quanto ao espaço, sabe-se apenas que terá três grelhas e que cada elemento será cozinhado com uma lenha especial, usada também para forrar as paredes. Com 70 lugares, o restaurante é assinado pelo arquitecto João Tiago Aguiar, que também desenvolveu o ambiente do Loco.

Ao contrário do que acontece com o Loco, haverá alguns pratos fixos. Os clientes tanto podem optar por saber ao que vão como por deixar nas mãos o destino da refeição. A morada? Avenida da República, em Lisboa.

Foto de Paulo Barata

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