3 em cada 10 portugueses dizem conseguir viver sem carro particular

Praticamente um terço dos portugueses (32%) assume que ter um carro particular não é uma necessidade básica e que pode utilizar outras opções de transporte mais sustentáveis, segundo um estudo divulgado pela Free Now.

De acordo com a plataforma de mobilidade, mesmo nesta peak season, em que as deslocações para fazer as compras de Natal ou para os convívios que são habituais nesta altura, 40% dos inquiridos diz preferir outras opções de transportes ao próprio automóvel. O estudo conclui que os efeitos da inflação têm peso nestas decisões, até porque 67% dos inquiridos refere que as alternativas ao carro “são agora mais importantes do que em contexto pré-crise” e 45% afirma estar a utilizar diariamente transportes públicos devido ao aumento dos custos.

Apesar de tudo, o inquérito, que for realizado pela Kantar, revela que 40% dos portugueses assume que a sua resolução de ano novo passa por substituir o seu carro actual por um novo que utilize energias limpas. Mas, para que isso aconteça, esperam também que o Governo adopte novas medidas nesta área, nomeadamente através da melhoria de infra-estruturas (35%) e da disponibilização de incentivos à compra de carros eléctricos (27%).

«A principal ilação a retirar destes dados é que existe uma relação directa entre a evolução do custo de vida e inflação e as escolhas de mobilidade dos portugueses, acompanhadas por uma maior consciencialização à importância de uma mobilidade mais sustentável. É interessante perceber que existe uma preocupação cada vez maior por opções mais limpas de transporte, ainda que o contexto mais adverso possa também ser decisivo para precipitar esta mudança de comportamentos e/ou mentalidades», refere em comunicado Bruno Borges, general manager da Free Now.

Ainda de acordo com a Free Now, durante esta época festiva, e sobretudo no decorrer das celebrações da passagem de ano, por norma a procura pelos TVDE cresce uma média de 30% em relação a um dia de operação normal.

O inquérito foi realizado via online e contou com 500 respostas válidas. Os inquiridos foram na sua maioria mulheres (51%) e as faixas etárias mais representadas foram entre 36 e 45 anos (23%) e 46 e 55 anos (24%).

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