A Shein está a preparar um plano estratégico para reduzir a sua dependência da produção chinesa e contornar os crescentes obstáculos fiscais impostos pelos Estados Unidos. Segundo a Reuters, a gigante da moda ultra fast pretende transformar a Índia num hub internacional de produção em menos de um ano, em parceria com o grupo Reliance Retail.
A iniciativa prevê a expansão da rede de fornecedores no país — dos atuais 150 para cerca de mil — e o início da exportação global de artigos fabricados em solo indiano. A manobra surge numa altura em que os EUA impuseram tarifas mais elevadas sobre produtos oriundos da China, afetando diretamente o modelo de negócio da Shein, cuja estrutura de produção continua fortemente ancorada naquele país asiático.
Com sede em Singapura, mas fundada na China, a Shein conta com um acordo com a Reliance Retail que lhe permite voltar ao mercado indiano, após a proibição da sua app em 2020 pelo governo local. A retoma das operações aconteceu no início de 2025, graças a essa aliança.
Além dos novos impostos, a empresa enfrenta ainda mudanças nas regras do regime de minimis, tanto nos EUA como na Europa, o que representa mais um desafio logístico e fiscal para a operação da marca.
