Romance gap: app de encontros Bumble quer acabar com a desigualdade no amor
A aplicação de encontros Bumble levou a cabo um estudo, em parceria com a analista de mercados YouGov, e chegou à conclusão de que 74% dos adultos europeus concorda que, no que toca a relações românticas, são esperados diferentes comportamentos com base no género das pessoas.
Esta realidade foi apelidada de “romance gap” e funciona de forma semelhante às discrepâncias verificadas nas diferenças salariais entre homens e mulheres (gender pay gap), por exemplo, ou no tempo de licença de maternidade face ao de paternidade.
Os resultados do inquérito feito a 6770 pessoas, com mais de 18 anos provenientes do Reino Unido, França, Países Baixos, Alemanha e Irlanda, demonstram ainda que 52% acredita que cabe aos homens dar o primeiro passo e convidar a outra pessoa para sair, assim como a avançar para o primeiro beijo. Apenas 8% espera o mesmo de uma mulher.
Se, passado um mês de namoro, o homem for o primeiro a dizer “amo-te” é considerado fervoroso, mas se for uma mulher já passa a ser carência ou necessidade. Se ele não responder às mensagens, está só a ser descontraído. Se for ela, está a “fazer-se de difícil”. Estes são alguns exemplos que o estudo enumera para demonstrar que o romance gap impede as pessoas de se expressarem verdadeiramente quando estão numa relação ou a começar uma.
Um terço das mulheres abrangidas no estudo sente que já mudou o seu comportamento para fazer a outra pessoa sentir-se mais poderosa ou confortável e quase metade de todos os inquiridos (47%) afirma que o impacto dos géneros nos papéis que cada um deve desemprenhar faz com que ir a encontros e namorar seja muito mais stressante e difícil.
Contudo, não são só as mulheres que “devem” esconder os seus sentimentos, segundo manda a regra da sociedade – 30% diz que os homens devem evitar parecer demasiado intensos ou apegados, enquanto, simultaneamente, 27% dos homens já sentiu pressão para assumir o comando.