Rentabilidade das empresas que medem o ROI das campanhas é 31% superior

Através da análise dos comportamentos, percepções e expectativas dos consumidores, mas também das empresas, o estudo “Deep Digital Journey: o impacto da transformação digital nas nos negócios” da LLYC conclui que as empresas que medem o ROI (rentabilidade do investimento) dos seus projectos e campanhas de marketing beneficiam de uma rentabilidade média quase 31% superior à das que não o fazem. As empresas que declaram ter objectivos de negócio nos seus planos de marketing e comunicação ganham em média 8,8% mais do que as que não os têm.

Contudo, a análise revela também que as empresas continuam a não conseguir determinar o grau de influência do marketing nas decisões de compra dos consumidores. Concretamente, 50% das empresas inquiridas na região ibérica (Espanha e Portugal) não utiliza ainda modelos de atribuição que lhe permita entender claramente a forma como o marketing, a comunicação e os assuntos públicos afectam os seus resultados de negócio. Apenas 9% declara que utiliza a rentabilidade do investimento (ROI) como um dado nos seus planos de monitorização.

«A transformação é um meio para atingir um fim e não um fim em si mesmo e, quando isso fica claro, obtêm-se resultados no negócio. Para obter esses resultados, precisamos de trabalhar na nossa cultura e ter um foco real e verdadeiramente ágil nos clientes ou nas organizações, com o mesmo enfoque com que implementamos tecnologia», diz, em comunicado, Ibo Sanz, global Tech & Digital strategist na LLYC.

Na região da Ibéria, os motores de busca (16,1%), as recomendações de terceiros (15,7%) e as redes sociais (12%) são as fontes de informação mais influentes para os consumidores nas suas decisões de compra. Os factores que mais os afectam são o preço (15,3%), a reputação (13,4%) e a disponibilidade do produto ou serviço (13,1%).

Em contraste, os executivos inquiridos acreditam que o site é o meio mais influente (22%), seguido pelas redes sociais (12%) e pelas APPS (12%). Em última instância, é necessário optimizar o mix em que as empresas se concentram, tendo também em conta o grau de satisfação percebido pelos consumidores em relação a cada um dos canais.

Outra das conclusões do estudo é que a adoção de novas tecnologias que permitam compreender o que o cliente pensa, o que o cliente diz e o que o cliente faz através da recolha de dados é determinante para a rentabilidade das empresas.

Concretamente, a rentabilidade média das empresas que utilizam soluções de Big Data para analisar o debate social em contextos digitais é quase 22% superior à das que não o fazem. A adopção de soluções avançadas de “intelligence” para medir a reputação e o nível de recomendação de uma determinada marca é fundamental para que as empresas tomem decisões informadas que lhes permitam implementar medidas de melhoria.

Ao mesmo tempo, o estudo demonstra também a forma como as empresas que conseguem utilizar esses conhecimentos, adoptando tecnologias que permitem personalizar a experiência do utilizador, conseguem melhores resultados para o seu negócio: as empresas que utilizam interfaces alimentadas por inteligência artificial são, em média, 57,2% mais rentáveis do que as que não o fazem; as empresas que automatizam processos de geração de campanhas melhoram a sua rentabilidade em 12,6% e as empresas que têm um funil de conversão definido através da utilização dos seus activos digitais são, em média, 15,6% mais rentáveis do que as que não o têm.

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