Portugal desce no Ranking Mundial de Talento. Motivação dos colaboradores é uma das razões

Depois de ter conquistado o seu melhor resultado em 2018, ano em que se posicionou no 17.º lugar, Portugal perdeu terreno nos últimos três anos no que respeita ao talento. A conclusão é do Ranking Mundial de Talento do IMD World Competitiveness Center 2022, que posiciona o País em 24.º lugar. Foi em 2018, que Portugal alcançou a sua melhor posição de sempre, chegando ao 17.º.

Os resultados são apurados pelos factores “Investimento & Desenvolvimento”, “Atractividade” e “Preparação”. No que diz respeito ao “I&D”, Portugal subiu três posições comparativamente a 2021 (do 25.º para o 22.º lugar), graças ao desempenho positivo dos critérios de rácio alunos/professor na educação primária e o rácio de alunos/professor na educação secundária.

A participação feminina na força de trabalho (49,7%) surge, também, como um dos principais destaques. Em contrapartida, a formação dos colaboradores constitui a maior fraqueza nacional neste factor, onde Portugal se situa mesmo nos últimos lugares do ranking (61.º).

Ainda como ponto positivo destaca-se a “Preparação”, tendo o País registado uma subida de seis posições (passando do 25.º lugar para o 19.º), justificada pelo desempenho positivo do critério de competências linguísticas. Apesar da subida alcançada na posição geral, Portugal regista uma descida de 10 lugares no factor “Atractividade” (posicionando-se, agora, no 40.º lugar), fundamentada pelo desempenho dos critérios de atracção e retenção de talento, o índice de motivação dos colaboradores, a fuga de talento e a percepção de justiça, que registam um baixo desempenho.

«É importante apresentar e integrar os profissionais em projectos mais atractivos e investir na conversão e reconversão de talentos, através de investimento na formação e desenvolvimento das pessoas. É também importante desenhar modelos de trabalho que promovam a flexibilidade (que implica uma maior responsabilidade na gestão do trabalho) e um maior equilíbrio entre a vida profissional e pessoal», salienta, em comunicado, Ramon O’Callaghan, director da Porto Business School.

No top 10 do ranking encontram-se os seguintes países: Suíça, Suécia, Islândia, Noruega, Dinamarca, Finlândia, Luxenburgo, Áustria, Países Baixos, Alemanha.

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