O sustentável papel das “pequenas letras”
Por Sérgio Carvalho, Director de Marketing da Fidelidade
Era assim que nos viam há alguns anos – os dos contratos das letras pequeninas.
O investimento que o mercado segurador tem alocado à inovação e ao rejuvenescimento da sua imagem, aos poucos, tem permitido que esta percepção se dilua com uma maior identificação dos clientes com as marcas seguradoras. O progresso tem sido impulsionado, pelos meios digitais e pelas redes sociais, que nos permitem chegar a diferentes públicos-alvo, e também pela associação crescente das nossas marcas a outras actividades, como o desporto ou a cultura. Mas não só.
A actuação das seguradoras em momentos críticos, como a resposta que conseguimos dar em situações de catástrofes naturais, agilizando uma intervenção imediata no terreno e apoiando na recuperação dos danos e no retomar da vida têm alavancado a confiança no nosso papel e tornado clara a importância dos seguros.
O contexto pandémico reforçou tudo isto. A resposta aos desafios colocados pela pandemia por Covid-19, e aqui vou referir a actuação da Fidelidade, foi essencial para muitos clientes, desde logo em termos de saúde, mas também pelas medidas específicas adoptadas, a nível de apoio e assistência, aos mais idosos, aos profissionais de saúde, às empresas. Este sector tem merecido a nossa especial atenção para garantirmos, na medida do possível, o seu equilíbrio financeiro e a sua sustentabilidade futura, até porque disto depende a sobrevivência de muitas famílias. Foram várias as medidas que adoptámos para apoiar este sector e, desta forma, contribuir também para o futuro do País.
A nossa actividade confere-nos, na verdade, a possibilidade de intervir em áreas diversas, estimulando mudanças de comportamentos ao nível dos indivíduos e das empresas. Para consegui-lo será preciso que o sector continue a apostar num serviço de qualidade e seja inovador nas suas propostas de valor, desenvolvendo, por exemplo, produtos para facilitar o acesso à poupança; disponibilizando uma oferta integrada ao nível da saúde e promoção da prevenção; criando coberturas inovadoras que tornem os seguros mais úteis e próximos dos cidadãos; posicionando-se como impulsionador do empreendedorismo e da nova economia; ou adoptando uma política de solidariedade activa que lhe permita estar presente em áreas críticas, como a educação e literacia, a pobreza e a exclusão ou a construção de uma consciência ambiental colectiva.
Se queremos uma sociedade alinhada com práticas sustentáveis, como sector estratégico para o país que somos, devemos contribuir para a sensibilização de cada um, proporcionando simultaneamente soluções inovadoras que antecipem e se adaptem às necessidades de bem-estar social e à sustentabilidade futura.
Esta é, e sempre foi, a nossa missão, o nosso sustentável papel. E a sociedade já o reconhece, mesmo que, por vezes, ainda se fale das “letras pequeninas”.
Artigo publicado na revista Marketeer n.º 302 de Setembro de 2021