Norte quer ser referência mundial da enogastronomia

Já é conhecido além-fronteiras pelo vinho do Porto, mas o Norte de Portugal quer ir mais longe. O Turismo do Porto e Norte de Portugal anunciou que tem em marcha um plano que visa fazer desta região uma das principais referências na área do turismo enogastronómico a nível mundial.

«Este produto estratégico está a ser estruturado em conjunto com o IVDP e com as três Comissões Vitivinícolas da Região», adianta Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e Norte. «Acreditamos que este trabalho em conjunto será um passo decisivo para posicionar o destino num estado de maturidade que permita concorrer com congéneres europeus e mundiais que há muito exploram o enoturismo com sucesso, mas não possuem as infra-estruturas, património cultural e histórico que todo o Norte de Portugal possui, assim como as suas gentes, marca bem distintiva de outras regiões», acrescenta o responsável em comunicado.

No Norte, há registo de mais de 400 espaços de visita dedicados ao vinho, sendo por isso um dos atributos mais relevantes da região tem termos turísticos. Segundo a organização, verifica-se, nos últimos anos, um aumento do número de quintas produtoras de vinho que também se dedicam à hotelaria e à restauração, complementando a receita com experiências para novos públicos.

Luís Pedro Martins acredita mesmo que esta aposta cria uma relação emocional e que se trata de um produto, «que bem explorado e dinamizado, alavanca outros produtos turísticos como a gastronomia, o turismo cultural, o turismo de natureza, o turismo náutico, de saúde e bem-estar, entre outros».

O plano desvendado pelo Turismo do Porto e Norte envolve, por exemplo, os Fins-de-Semana Gastronómicos, iniciativa que terá lugar já no próximo ano e que conta com a participação de mais de 80 municípios e de 1.500 empresas de restauração, alojamento turístico e experiências de enoturismo.

«Estou convicto de que a oferta de novos conteúdos, a par de infra-estruturas de qualidade, permitirá fixar o turista em estadas mais prolongadas e em períodos tradicionalmente de época baixa, condições estas que contribuem pra o aumento dos proveitos e da receita que advém da actividade turística», comenta ainda o presidente.

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