Media Smart chega a 33% das escolas

 crianca-tv-022Media Smart, programa escolar de literacia para a publicidade dirigido a crianças entre os 7 e os 11 anos, está em 33% das escolas nacionais do 1º e 2º ciclos (no total são 6854), públicas e privadas. “Ao fim de dois anos e meio já apanhámos 1/3 do público. São os early adopters. Agora temos que tentar apanhar os outros”, comenta o professor Roberto Carneiro, coordenador do grupo de peritos do programa Media Smart em Portugal.

Depois de ter sido lançado o primeiro módulo de introdução à publicidade e o segundo de publicidade comercial dirigida a crianças, a APAN (Associação Portuguesa de Anunciantes), promotora do Media Smart, apresentou esta manhã o terceiro módulo subordinado ao tema da Publicidade não Comercial. Manuela Botelho, secretária-geral da APAN explicou que com este módulo pretendem ultrapassar “a dificuldade de alguns professores em apresentar a publicidade comercial” e ajudar os professores no tratamento de temas neste grupo etário. Ou seja, explica Manuela Botelho, “os professores podem usar campanhas publicitárias para explicar temas que fazem parte do currículo”.

Os próximos módulos deverão passar pela área digital, possivelmente sobre publicidade online, segurança na internet e dados pessoais. Mas não deverá ser antes de 2011.

Com base num estudo realizado a pedido da Media Smart, concluíram que o programa precisa de aumentar a notoriedade. Neste contexto foram propostas diversas medidas que irão arrancando à medida que for possível. De imediato arrancarão sessões de formação nas sedes de agrupamento das escolas. “São aulas teóricas sobre a utilização dos materiais e a sua aplicação prática”, explica Manuela Botelho. Em estudo está a possibilidade de colocar aulas reais, dadas por professores, na internet para os professores se inspirarem para as suas aulas. “A nossa ideia é colocar uma dessas aulas a cada mês”, disse a mesma profissional.

Já a campanha publicitária, que a APAN queria que arrancasse ainda antes do início do próximo ano lectivo, estará pressente em televisão, imprensa, internet e eventualmente rádio e exterior (se conseguirem arranjar patrocinadores nesses meios). A criatividade estará nas mãos da JWT, parceira do projecto desde o seu arranque. “Se fosse espaço pago a campanha estaria orçada em 300 a 400 mil euros”, orçamentou Manuela Botelho.

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