Marcas são desafiadas a comprar lugares vazios nas salas de espectáculos

O desconfinamento gradual permite que as salas de espectáculos reabram já a partir de hoje, mas com regras especiais: para garantir o distanciamento necessário, muitos lugares terão de ficar vazios. Para que esses espaços em branco possam também ter um papel na recuperação económica de um dos sectores mais afectados pelo COVID-19, nasce o projecto #garanteolugar.

Da autoria de Raquel Pinhão e Teresa Pinheiro, #garanteolugar desafia as marcas e empresas a adquirirem os lugares vazios. A ideia é que sejam formados contratos de apoio que permitam de alguma forma ocupar os lugares que não poderão ter espectadores.

Esta nova forma de esgotar os teatros e demais salas permitirá garantir a sustentabilidade da programação cultural regular e a manutenção dos rendimentos da comunidada artística. O projecto #garanteolugar pretende apelar à responsabilidade social das empresas, oferecendo-lhes um canal de comunicação.

O #garanteolugar servirá de mediador entre as salas de espectáculos e as marcas e empresas, fazendo a ponte e acompanhando a criação dos acordos. “Será estabelecido um valor de investimento mínimo por sala, sendo que qualquer acção de contrapartida será sempre negociada e contratualizada entre ambas as partes”, esclarece ainda a iniciativa em comunicado.

Embora tenha nascido no seio da pandemia, o projecto #garanteolugar tem a ambição de poder ser uma semente para o pós-COVID-19. Poderá ser um novo modo de colaboração permanente e duradouro entre a cultura e os restantes sectores económicos.

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